Europa ultrapassa o milhão e meio de mortes por covid-19

Agência Lusa , AM
25 nov 2021, 15:39
Covid-19 em França

A primeira morte no continente foi confirmado em fevereiro de 2020. A OMS estima que o número de vítimas da pandemia possa ser duas a três vezes maior do que o registado oficialmente

A Europa ultrapassou, esta quinta-feira, as 1,5 milhões de mortes associadas à covid-19 e vários países do continente estão a repor as restrições para tentar travar as contaminações recorde, segundo um balanço da agência France-Presse até às 10:00.

O balanço da AFP, com base em dados oficiais, indica um total de 1.500.105 mortes confirmado oficialmente na Europa (52 países e territórios desde a costa atlântica até ao Azerbaijão e a Rússia) desde que foi registado no continente o primeiro óbito, em fevereiro de 2020.

A contagem, que leva em consideração os mortos registados pelas autoridades sanitárias nacionais, representa apenas uma parte dos óbitos efetivamente associados ao novo coronavírus. 

A OMS estima que, considerando o excesso de mortalidade direta e indiretamente vinculado à Covid-19, o número de vítimas da pandemia pode ser duas a três vezes maior do que o registado oficialmente. 

O número de mortes tem estado em alta desde meados de julho (4.210 mortos diários em média nos últimos sete dias, mais 1% numa semana e mais 5% do que há duas semanas) na Europa, o novo epicentro da pandemia.

Esse número atinge um nível semelhante ao do outono de 2020, quando a Europa entrou na segunda vaga, durante a qual o continente viveu a semana mais letal (entre 14 e 20 de janeiro de 2021), e as campanhas de vacinação contra o coronavírus ainda não tinham começado. 

Mas, em comparação, o ritmo de progresso dessas duas ondas é notavelmente diferente.

Com cerca de 29.500 mortes entre 18 e 24 deste mês, as novas mortes no continente europeu quadruplicaram desde meados de julho, ou seja, em 20 semanas. 

No ano passado, levou apenas cinco semanas para passar de 7.000 para 30.000 mortes semanais. 

Atualmente, o país mais afetado é a Rússia, que regista cerca de 30% das mortes diárias no continente europeu, com 1.246 mortes em média por dia. 

Segundo dados oficiais que as próprias autoridades consideram bastante subestimados, a Rússia é também o país com mais óbitos, 269.057 mortes no total. 

De acordo com a agência nacional de estatísticas russa Rosstat, que tem uma definição mais ampla de mortes associadas à covid, o número total de óbitos na Rússia era de quase 450.000 no final de setembro. 

O Reino Unido (144.286 mortes) e a Itália (133.415 mortes) seguem atrás da Rússia com o maior número total de mortes.

O número de novas contaminações também tem aumentado desde o início de outubro na Europa. 

As novas infeções atingiram uma média de 369.915 casos por dia entre 18 e 24 deste mês, mais 14% em comparação com a semana anterior.

No início deste mês, e para combater a pandemia, a OMS apelou à continuidade da vacinação, ao uso de máscaras e à prática de medidas de distanciamento social. 

A organização teme mais 700.000 mortes na região até a primavera.

5.173.915 mortes em todo o mundo

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.173.915 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Presse (AFP).

Mais de 258.929.020 pessoas foram infetadas, até à data, pelo coronavírus SARS-CoV-2 em todo o mundo, de acordo com o balanço feito pela agência noticiosa francesa até às 11:00 de hoje, com base em fontes oficiais.

Na quarta-feira, registaram-se 8.865 mortes e 626.666 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela AFP.

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram os Estados Unidos (1.788), Rússia (1.238) e Ucrânia (628).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 775.397 óbitos e 48.091.937 casos, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 613.339 mortes e 22.043.112 casos, a Índia com 466.980 mortes (34.544.882 casos), o México com 293.186 mortes (3.872.263 casos) e a Rússia com 269.057 mortos (9.468.189 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 609 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bulgária (398), Bósnia-Herzegovina (378), Montenegro (361), Macedónia do Norte (359), Hungria (347) e República Checa (304).

Em termos de regiões do mundo, América Latina e Caraíbas totalizam 1.536.984 mortes para 46.537.071 casos, Europa 1.500.157 mortes (82.374.912 casos), Ásia 892.783 mortes (56.984.911 casos), Estados Unidos e Canadá 804.977 mortes (49.866.883 casos), África 222.030 mortes (8.616.303 casos), Médio Oriente 213.734 mortes (14.249.368 casos) e Oceânia 3.250 mortes (299.572 casos).

O balanço foi feito com base em dados obtidos pela AFP junto das autoridades nacionais e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades e a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente à diferença em relação aos dados avançados na véspera.

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