Em comunicado, a conserveira afirmou que, além dos 11 funcionários que testaram positivo, três colaboradores foram colocados, a 7 de dezembro, em isolamento profilático, tendo, posteriormente, dois colaboradores testado positivo ao SARS-CoV-2
A administração da fábrica Conservas Ramirez, em Matosinhos, vai aproveitar a interrupção da produção entre o dia de Natal e dia de Ano Novo, programada “há muitos meses”, para reforçar as medidas de precaução contra a covid-19.
Numa nota enviada à agência Lusa, a administração da conserveira afirma que estava programado “há já muitos meses” a interrupção da produção entre o Natal e o Ano Novo e que a mesma auxiliará, face ao surto, “o reforço das medidas precaucionárias contra a covid-19”.
“Esta paragem não decorre das circunstâncias atuais de referenciação de 13 casos positivos de covid-19, como erradamente foi interpretado”, acrescentou.
O surto entre os trabalhadores da fábrica de Conservas Ramirez conta com 13 casos positivos e a conserveira realizou esta terça-feira testes PCR a todos os seus funcionários, num universo de 220 pessoas.
Os resultados “serão conhecidos em tempo oportuno”, refere a Conserva Ramirez.
Surto teve origem num jantar entre funcionários
Em comunicado, a conserveira afirmou que, além dos 11 funcionários que testaram positivo, três colaboradores foram colocados a 7 de dezembro em isolamento profilático, tendo posteriormente dois colaboradores testado positivo ao SARS-CoV-2.
Na segunda-feira, em declarações à agência Lusa a propósito da denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), o administrador da conserveira, Manuel Ramirez, afirmou que o surto de covid-19 teve origem num jantar entre alguns funcionários da fábrica, do qual a administração "desconhecia".
“Terá havido um jantar entre colegas e externos da empresa de uma determinada área que a administração desconhecia”, disse.
Segundo o administrador, o surto foi detetado depois de um funcionário da conserveira ter apresentado sintomas, “situação que foi logo comunicada ao delegado de saúde”, tendo sido no dia 7 de dezembro realizados 31 testes antigénio.
Manuel Ramirez disse ainda que, a 9 de dezembro, todos os funcionários realizaram testes antigénio e não foi detetado “nenhum caso”.
Indicou que esta terça-feira seriam feitos novamente "testes PCR por uma questão de precaução”, acrescentado que a fábrica tem cumprido e implementado todas as normas de segurança e higiene.
“Nunca baixámos a guarda”, observou, desmentindo a denúncia feita pelo sindicato.
Em comunicado, o SINTAB afirmou na segunda-feira, tendo por base uma denúncia feita por trabalhadores da conserveira, que o número de casos confirmados era "já superior a 30”.