PS diz que Governo foi buscar medida do Complemento Solidário para Idosos ao seu programa eleitoral

Agência Lusa , PF
9 mai, 15:52
Alexandra Leitão (António Pedro Santos/Lusa)

Questionada se considera que se trata de um “esforço de aproximação” do Governo ao PS, Alexandra Leitão respondeu: “Não, acho que é um esforço utilizar uma medida que é positiva, da qual não se tinham lembrado, e que utilizam uma medida que era do PS”

A líder parlamentar do PS considerou que o Governo foi buscar a medida que elimina os rendimentos dos filhos como fator de exclusão no acesso ao CSI ao programa eleitoral socialista, registando “com apreço” que o tenha feito.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, Alexandra Leitão reagiu à aprovação, esta quinta-feira em Conselho de Ministros, de uma medida para eliminar os rendimentos dos filhos como critério de fator de exclusão para acesso ao Complemento Solidário para Idosos (CSI).

A líder parlamentar do PS indicou que é uma medida que estava no programa eleitoral socialista e não da Aliança Democrática (AD), e “nem sequer foi uma das medidas que o Governo aproveitou dos programas eleitorais para pôr no seu programa de Governo”.

“Registamos com apreço que tenham adotado uma medida que consideramos importante, por isso tínhamo-la no nosso programa eleitoral, ao contrário do que acontecia com a AD”, disse, acrescentando que o PS já tinha submetido um projeto de lei sobre o CSI no parlamento e agendado um debate potestativo sobre o assunto para dia 24 de maio.

“O Governo jogou aqui numa antecipação. É caso para dizer que não vale a pena o Governo queixar-se de que o PS tenta governar a partir do parlamento porque, afinal o Governo aproveita as medidas do PS. Portanto, governa mesmo através do Governo”, afirmou, acrescentando que o PS “não pretende governar, pretende fazer aprovar as suas medidas”.

“Afinal, o Governo aprova por decreto-lei as medidas do PS”, disse.

Questionada se considera que se trata de um “esforço de aproximação” do Governo ao PS, Alexandra Leitão respondeu: “Não, acho que é um esforço utilizar uma medida que é positiva, da qual não se tinham lembrado, e que utilizam uma medida que era do PS”.

“Mas, como digo, é uma medida boa, congratulamo-nos com isso. Ficamos contudo a saber que podia ter sido uma das medidas incluídas no programa de Governo e não foi: ela é reaproveitada à última da hora, provavelmente com algum intuito político”, frisou.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o Governo vai aumentar, a partir de junho, o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) em 50 euros e eliminar os rendimentos dos filhos como critério de fator de exclusão.

Ou seja, a partir de junho o valor de referência dessa prestação passará de 550 para 600 euros e apenas serão contabilizados os valores de pensionistas e reformados que se candidatem à sua atribuição.

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