Militar do curso de Comandos já saiu do coma induzido

22 jun 2023, 16:34
Militares

Exército informa que evolução clínica do militar de 21 anos é "favorável" e que já respira de forma autónoma

O militar do curso de Comandos que estava em coma induzido no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, já saiu do coma e está a melhorar.

Em comunicado, o Exército informa que o militar, de 21 anos, está a "respirar de forma autónoma, com evolução clínica favorável".

O Exército revelou na terça-feira que um militar do 139.º curso dos Comandos estava em coma induzido após ter sofrido “um golpe de calor”, tendo o ramo aberto um processo de averiguações.

Em comunicado, detalhava-se que, "durante a execução da instrução de marcha-corrida, com a distância de 15 quilómetros, com carga de cinco quilos, no quilómetro 14, foi assistido um militar de sexo masculino pela equipa médica militar, tendo sido acionado o INEM” que o transportou para o Hospital Santa Maria, em Lisboa.

“Foi diagnosticado um golpe de calor e pelos riscos inerentes de falência de órgãos foi admitido nos cuidados intensivos. A situação neurológica aconselhou a ser induzido o coma, situação em que se mantém”, lia-se na nota.

O Exército acrescenta que o Chefe do Estado-Maior, general Mendes Ferrão, determinou a interrupção do curso, “até à conclusão da avaliação clínica de todos os instruendos” e foi aberto um processo de averiguações.

Concluída a avaliação clínica, o curso foi retomado e a avaliação de marcha-corrida realizou-se no passado dia 16 de junho, “para a distância de 20 quilómetros e com carga de 10 quilos, não se tendo registado quaisquer alterações fora dos padrões definidos”.

Ontem, quarta-feira, a ministra da Defesa informou que o militar estava a reagir a estímulos, admitindo porém que a situação ainda era de "grande reserva".

“Na realidade, depois dos incidentes de setembro passado, foram introduzidas alterações no próprio curso e há um acompanhamento e uma monitorização muito mais próxima dos militares, das atividades durante estas provas muito exigentes na preparação do curso de comandos”, disse Helena Carreiras.

“Também neste caso houve essa monitorização, esse acompanhamento, e estamos, portanto, a tentar apurar o que é que se passou exatamente”, mas “só mesmo os médicos e a situação clínica revelará o que aconteceu”, acrescentou a ministra.

Em setembro do ano passado, dois militares de um curso de Comandos foram hospitalizados, na sequência de paragens cardiorrespiratórias sofridas durante e depois dos treinos.

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