Ativistas da Climáximo voltam 'a atacar' e pintam sede da REN

CNN Portugal , MM - Notícia atualizada às 13:08
5 out 2023, 12:32

Grupo considera a empresa uma das que "declarou guerra à sociedade e ao planeta", por ser "responsável pela infraestrutura de gás fóssil em Portugal, pelo projeto de expansão do terminal de GNL em Sines e da construção de novos gasodutos"

Um grupo de ativistas do grupo Climáximo voltaram, esta quinta-feira, a levar a cabo uma ação de protesto, pelo terceiro dia consecutivo. Depois de bloquearem o trânsito na Segunda Circular, em Lisboa, na terça-feira, e na rua de S. Bento, também em Lisboa, na quarta-feira, desta vez, pintaram de vermelho a sede da REN na capital, justificando a ação por considerarem que é "uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta".

De acordo com uma das porta-vozes do Climáximo, Alice Gato, num comunicado enviado às redações, "nos últimos dois dias parámos o funcionamento normal da sociedade para dizer às pessoas que precisam de parar de consentir, e que temos de resistir contra o genocídio que é a crise climática. Hoje, fomos a um dos atores mais responsáveis por este genocídio”. “A REN, responsável pela infraestrutura de gás fóssil em Portugal, pelo projeto de expansão do terminal de GNL em Sines e da construção de novos gasodutos. A REN está conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica. Está assim deliberadamente a garantir a morte de milhares de pessoas, todos os anos. Este é um dos crimes de guerra mais horrendos da história da humanidade e não o deixaremos passar em branco”, justificou.

Ainda de acordo com o mesmo comunicado, a ativista acrescenta que "a melhor forma de se comemorar o aniversário da implementação da República é retomar o direito à vida digna que está a ser roubado pelos governos e as empresas, travando a guerra que declararam à sociedade e ao planeta”.

O grupo faz ainda uma referência à guerra na Ucrânia e afirma que “para se travar essa guerra é necessário um plano de desarmamento, impedindo a construção de novas armas de destruição em massa”, como dizem ser o caso da expansão do terminal de GNL em Sines e o gasoduto de Celorico da Beira até Zamora, “e desativando as atuais armas, sendo uma das medidas que defendem a substituição de gás fóssil em Portugal por 100% de eletricidade renovável e acessível até 2025”.

No documento enviado às redações, o grupo promete continuar com “estas e outro tipo de ações para que seja possível travar esta guerra e garantir os direitos que os ditos defensores da República estão a roubar”. Para a próxima segunda-feira, estão agendadas palestras públicas.

Clima

Mais Clima

Mais Lidas

Patrocinados