«A minha filha é maluca pelo Benfica, só me pede para ouvir músicas do Benfica»

19 fev, 17:34
João Mário (ANTÓNIO COTRIM/Lusa)

Revelação de João Mário no podcast «1 para 1»

Vice-capitão do Benfica, João Mário não esconde que assume um papel de liderança no balneário das águias e que por isso faz questão de falar nos momentos antes dos jogos.

«Falo sempre, acho que é importante por ser dos mais velhos, por ter um papel importante na equipa – sou vice-capitão –, então todos os jogos, ao intervalo ou no início. Antes do aquecimento gosto sempre de dar uma palavra à equipa. É importante pelo cargo que tenho e pela experiência. E acho que é fundamental numa equipa existirem líderes», disse, em declarações ao podcast «1 para 1», ele que revelou também o ritual pré-jogo

«Sou muito supersticioso, mas cada vez menos. Durante a viagem de autocarro ouço música, mas quando chegamos ao balneário já temos um DJ estabelecido: o Otamendi. A música é muito boa, divertida, faz-te entrar no mood do jogo. E normalmente quando chego, por respeito ao capitão, ouço a música dele.»

João Neves tem encantado os adeptos das águias esta época, um ano depois de ter chegado à equipa principal. João Mário revela que notou logo que o jovem médio tinha algo de especial: «No caso do João Neves ele treinou uma vez connosco quando ainda estava nos juniores, sub-23. Foi alguém que chamou muito a atenção. Lembro-me de comentar em casa com os meus familiares e amigos, disse logo: “O Benfica tem ali um jogador que…”. Muita gente lembra-me que fui eu que o mencionei. Até brinco muitas vezes a dizer que já tenho algum olho para a coisa.

«O António Silva foi progressivo, foi treinando connosco, estava no processo de juniores e equipa B e quando apareceu, aparecer muito bem e aproveitou a oportunidade. Quando os jogadores têm esta qualidade, as mensagens são mais para a vida pessoal. (…) e se aparecem miúdos de 18, 19 anos a jogarem na equipa principal do Benfica é porque têm de ser acima a média, porque a exigência é tão alta que têm de estar muito preparados», prosseguiu.

O internacional português confessou que ficou surpreendido com si próprio com a veia goleadora que demonstrou na temporada passada e contou como é que se tornou num dos batedores de penáltis do Benfica.

«A questão dos penáltis é interessante: no primeiro treino aberto que tivemos houve um penálti e eu peguei na bola e assumi. Provavelmente o mister gostou desse ato e deu-me essa responsabilidade. Foi correndo bem. muitas vezes os penaltis é um pouco o lado mental. Nem eu estava à espera de conseguir marcar tantos penáltis numa época», declarou, antes de elogiar Roger Schmidt.

«Para nós é fundamental ter um treinador com o qual te identificas a nível de carácter e de personalidade: acho que nunca tinha tido um treinador que é unânime para as pessoas que trabalham diretamente com ele. e para além do excelente treinador é uma excelente pessoa. Isso no futebol nem sempre é compatível. Acho que é o maior elogio que lhe posso fazer. Se fosse o meu caso eu gostaria que a minha parte futebolística fosse tão boa como a parte humana. Ele tem essa faceta que não é fácil», defendeu.

Na mesma ocasião, o futebolista de 30 anos, que elegeu Éder a melhor pessoa que conheceu no futebol, revelou que a sua filha mais velha já é benfiquista: «Sabe que o papá é jogador do Benfica, é maluca do Benfica, só me pede para ouvir músicas do Benfica. Acorda, vou levá-la à escola e no trajeto só quer ouvir músicas do Benfica, tem camisolas do Benfica… Quando estou com o fato de treino do Benfica identifica logo, quando vem ao estádio adora. Está com uma paixão grande pelo Benfica e é muito giro ver que acompanha. Muitas vezes vem ao estádio. É incrível.»

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