Ataque ao Capitólio: Supremo dos EUA decide contra líder Republicana em disputa por registos telefónicos

Agência Lusa , DCT
14 nov 2022, 20:56
Capitólio (AP Photo)

Como é comum em situações que envolvem pedidos de urgência ao Supremo, os juízes não ofereceram qualquer justificação para as suas posições sobre a disputa

O Supremo Tribunal norte-americano abriu caminho para a Comissão da Câmara dos Representantes que investiga o ataque ao Capitólio obter registos telefónicos pertencentes à líder do Partido Republicano do Arizona.

A mais alta instância do poder judicial norte-americano rejeitou hoje o pedido da presidente do Partido Republicano do Arizona, Kelli Ward, para interromper a rotatividade de registos telefónicos enquanto um processo judicial prossegue, suspendendo assim uma ordem temporária que havia sido posta em prática pela juíza Elena Kagan.

Kelli Ward disse que os seus direitos da Primeira Emenda seriam postos em causa se os investigadores tivessem acesso a informações sobre com quem ela falou enquanto tentava impedir a vitória de Joe Biden nas presidenciais de 2020 contra Donald Trump.

Como é comum em situações que envolvem pedidos de urgência ao Supremo, os juízes não ofereceram qualquer justificação para as suas posições sobre a disputa. O juiz Clarence Thomas e o juiz Samuel Alito posicionaram-se a favor de Kelli Ward, mas não apresentaram mais detalhes.

A mulher de Clarence Thomas, Virginia “Ginni” Thomas, é uma das pessoas entrevistadas pelo Comissão que investiga o ataque de 06 de janeiro 2021 e manteve a falsa alegação de que a eleição de 2020 foi roubada.

Vários críticos pediram a Thomas que se abstenha de todos os assuntos relacionados com o ataque ao Capitólio e as eleições presidenciais de 2020 por causa do envolvimento da sua mulher nos esforços para que Trump continuasse no poder ou em contestar os resultados das eleições.

Já Kelli Ward e o seu marido, Michael Ward, estavam entre os "eleitores suplentes" que enviaram listas falsas de votos do Colégio Eleitoral do Arizona a favor de Trump, apesar da vitória de Biden no estado.

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