Armando Evangelista: «Os meus jogadores vieram aqui sem medo de perder»

Ricardo Gouveia , Estádio de Alvalade
5 mar 2022, 23:27

Sporting-Arouca, 2-0 (reportagem)

Armando Evangelista, treinador do Arouca, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do Sporting (0-2), no Estádio de Alvalade, em jogo da 25.ª jornada da Liga:

[Tinha dito que o Arouca não perdia em Alvalade…]

- É óbvio que antes do jogo não podemos assumir a derrota. Disse que para vir a Alvalade perder, mais valia ter ficado em Arouca. A verdade é que nos primeiros 45 minutos mostrámos ao que vínhamos. Não permitimos muitas oportunidades ao Sporting, as que permitimos foram perdas de bola desnecessárias. Acabámos por, aqui e ali, ir importunando o Sporting e acabámos por ter uma oportunidade de bola parada em que podíamos ter feito o golo. Sabíamos que com o resultado como estava, o Sporting ia carregar. Foi difícil depois de sofrer o primeiro golo, quisemos chegar com mais gente próximo da área adversária e o segundo golo acaba por ser uma transição rápida. É assim…acabamos de sair daqui com o sentimento de que os meus jogadores vieram aqui sem medo de perder. Foi um sentimento positivo para aquilo que nos falta jogar.

[O Arouca pode cair para a zona de despromoção nesta jornada, está preocupado?]

- A nossa preocupação é estar em alerta. Sabemos o que temos pela frente, é um campeonato equilibrado. Aquilo que temos vindo a fazer tem-nos deixado orgulhosos. Se formos ver jornada a jornada, o Arouca esteve mais vezes acima do que abaixo da linha de água. Preocupados, sim, mas otimistas.

[Capacidade de sofrimento e pressão alta]

- Quando defrontamos uma equipa como o Sporting, procuramos pressionar alto, não deixar que construam a partir de trás e evitar os movimentos constantes à procura da profundidade. Houve alturas em que conseguimos não deixar o Sporting partir de trás e houve outras alturas que tivemos de nos juntar, sofrer e defender num bloco mais baixo para não permitir ao Sporting atacar a nossa baliza. No outro lado estava um adversário de muito valor e só conseguimos fazer aquilo que nos é permitido. Há que acreditar que aquilo que fizemos aqui é um bom tónico para aquilo que nos falta fazer.

[Alan Ruiz voltou a jogar, como está a decorrer a adaptação dele?]

- Tem trabalhado muito para poder ajudar o Arouca. Se tivéssemos contratado o Alan em junho, hoje estaríamos a falr de um Alan diferente. O último jogo que fez antes de ser contratado tinha sido em novembro. Não é fácil chegar, sem férias, apanhar o campeonato em andamento e uma equipa com rotinas. Tem trabalhado, tem se aplicado de uma forma fantástica. Se tivesse chegado em junho provavelmente estaria a jogar mais.

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