REVISTA DE IMPRENSA Chefe do Governo terá vários desafios para cumprir em Portugal
O primeiro-ministro garantiu que não vai abandonar o Governo a meio do mandato para ir ocupar um cargo na União Europeia. Depois de muita especulação, nomeadamente depois da viagem à Hungria, onde se disse que António Costa teria ido procurar apoio para uma eventual eleição ao cargo de presidente do Conselho Europeu, o chefe do executivo disse ao jornal Público que essa é uma hipótese que não está em cima da mesa.
“Eu sou o garante de estabilidade. Já expliquei a todos que não aceitarei uma missão que ponha em causa a estabilidade em Portugal. Alguma vez eu poria em causa a estabilidade que tão dificilmente conquistei?”, disse.
A garantia de António Costa surge perante a preocupação do primeiro-ministro em não criar crises políticas em Portugal, mas existem outros fatores a contribuir para a decisão de ficar à frente do Governo.
O primeiro-ministro já disse várias vezes que pretende reduzir a dívida pública para menos de 100% do Produto Interno Bruto (PIB), além de querer apresentar e concretizar Orçamentos do Estado com as contas públicas em défice de 0% ou mesmo com contas positivas. Uma imagem que bate com a propalada expressão das “contas certas”.
Escreve o jornal Público que António Costa também está interessado em ser o líder da aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência, cuja finalização está prevista para 2026, precisamente o ano em que termina a atual legislatura.