André Ventura declara vitória na emigração e atira a Santos Silva: "É o símbolo da vitória do Chega sobre o sistema socialista"

20 mar, 17:43

Chega manifestou disponibilidade para viabilizar um orçamento retificativo

André Ventura declarou esta quarta-feira a vitória nos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa. O líder do Chega considera este resultado "histórico e nunca visto em 50 anos de democracia".

"Segundo todas as informações que temos, o Chega terá vencido no círculo da emigração, obtendo dois deputados", afirmou Ventura durante uma conferência de imprensa, durante a qual se congratulou pelo Chega ter conseguido mais votos que a AD e o PS.

André Ventura agradeceu aos portugueses que emigraram e que não se esqueceram "da frustração, do desânimo e do desalento que o sistema português lhes criou". "Votaram na mudança, sinalizando os erros que PS e PSD cometeram ao longo dos últimos anos", referiu.

O líder do Chega assinalou também a vitória sobre Augusto Santos Silva, histórico do PS e candidato pelo círculo Fora da Europa, que fica de fora da Assembleia da República na próxima legislatura.

"Esta é uma vitória particularmente importante porque é o símbolo da vitória da humildade sobre a arrogância, da democracia sobre a cegueira ideológica e institucional. É o símbolo da vitória do Chega sobre o sistema socialista (...) [Esta vitória] livrou-nos de um ativo tóxico do socialismo dominante", afirmou Ventura.

A confirmar-se este resultado, o Chega terá 50 deputados na próxima legislatura.

Perto do fim da declaração, André Ventura sinalizou a sua disponibilidade para aprovar, "sem um acordo de fundo em matéria de governação ou orçamental", medidas em matérias importantes, como a recuperação do tempo de serviço dos professores, a redução "urgente" de impostos ou a reforma da justiça.

Ventura disponível para aprovar retificativo

O presidente do Chega manifestou também a disponibilidade do partido para viabilizar um orçamento retificativo que seja apresentado por um governo da AD se acolher as reivindicações das forças de segurança e dos professores e diminuir impostos.

“Se o orçamento retificativo se cingir em matéria de correção ao outro orçamento do PS a três ou quatro pontos, o Chega está aberto a verificar a possibilidade de o avaliar. Se equiparar o suplemento de missão aos polícias, se recuperar o tempo de serviço dos professores, se conseguir dar aos enfermeiros algumas das suas revindicações históricas, se diminuir impostos, porque temos aqui uma altíssima carga fiscal... se este retificativo conseguir dar sinais nestas matérias, o Chega está disponível para trabalhar e para o avaliar, e para o viabilizar”, afirmou.

O líder do Chega ressalvou que, quanto ao orçamento do Estado para 2025 e posteriores, “não há nenhuma possibilidade de ser viabilizado” sem “haver um acordo”.

 “É muito diferente viabilizar um orçamento retificativo e um Orçamento Geral do Estado em período normal, porque esse é um instrumento de política macroeconómica”, afirmou.

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