Alimentos com melatonina atrasam envelhecimento

31 jan 2007, 12:35

Substância presente em vários frutos, vegetais e no vinho tinto

O consumo de melatonina, uma substância produzida no cérebro pela glândula pineal e presente em muitos alimentos, entre os quais o vinho tinto, retarda os efeitos do envelhecimento, indica um novo estudo, citado pela Lusa.

A melatonina existe em pequenas quantidades em frutos e vegetais como a cebola, a cereja e a banana, em cereais como o milho, a aveia e o arroz, em plantas aromáticas como a hortelã, a verbena, a salva e o tomilho, e no vinho tinto.

O estudo foi realizado por uma equipa de investigadores espanhóis da Universidade de Granada e baseou-se na análise de ratinhos normais e geneticamente modificados. «Os primeiros sinais de envelhecimento em tecidos animais começam aos cinco meses [nos ratinhos] - equivalente a 30 anos nas pessoas - por aumento dos radicais livres (oxigénio e nitrogénio), que causam uma reacção inflamatória», referiu o responsável pela investigação, Darío Acuña Castroviejo.

Esse «stress oxidativo», acrescentou, tem efeitos no sangue dos animais, já que se provou que «as células sanguíneas se tornam mais frágeis com os anos e as suas membranas mais vulneráveis a rupturas».

Ao administraram pequenas quantidades de melatonina nos ratinhos, os investigadores observaram não só que essa substância neutralizava o stress oxidativo e o processo inflamatório causado pelo envelhecimento, como retardava os seus efeitos, aumentando por isso a longevidade.

Do mesmo modo, o consumo diário de melatonina pelos humanos a partir dos 30 ou 40 anos poderá prevenir - ou pelo menos retardar - doenças relacionadas com o envelhecimento, os radicais livres e os processos inflamatórios.

A melatonina, conhecida como «a hormona do sono», regula os ciclos circadianos (dormir-acordar), sendo a sua produção estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

Não estando a sua versão sintética à venda em países como Portugal e Espanha, Castroviejo recomenda que «enquanto a substância não estiver legalizada, os humanos tentem aumentar o seu consumo através da alimentação».

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