Da isenção do IMT para os jovens à redução do IRS e IRC: Nuno Melo apresenta as prioridades da AD (e aponta o dedo ao Bloco, ao Chega e a Pedro Nuno Santos)

21 jan, 12:00

Num discurso rico em críticas ao Chega, ao Bloco e Pedro Nuno Santos, que considera ser "realmente" o adversário da AD, Nuno Melo anunciou as primeiras medidas da coligação pré-eleitoral que, garante, vai ser "o único governo" que será necessário viabilizar (pondo assim um ponto final na polémica sobre um eventual governo minoritário do PS)

Posicionando-se contra "os delírios de promessas" apresentadas pela "extrema-esquerda" e pelos "populistas", Nuno Melo quis deixar claro este domingo quais são as prioridades da Aliança Democrática (AD)

Num discurso no púlpito da convenção da AD, que decorre este domingo no Centro de Congressos do Estoril, o líder do CDS prometeu que, se a AD for governo, os jovens "pagarão uma taxa máxima de 15% de IRS até aos 35 anos e ficarão isentos do pagamento do IMT na compra da primeira habitação".

Nuno Melo comprometeu-se ainda a "reduzir o IRS em todos os escalões", à exceção do último, e a "reduzir o IRC em dois pontos por ano até aos 15% até ao final da legislatura".

Antes da apresentação das medidas da AD, Nuno Melo quis pôr um ponto final na polémica em torno das suas declarações sobre a eventual viabilização de um governo minoritário do PS. "Que fique bem claro: o único governo que a AD vai viabilizar depois de 10 de março vai ser o governo da AD quando vencermos as eleições contados os votos. Vai ser o único governo que vamos viabilizar", reforça, em resposta ao líder do Chega, que se apressou este domingo a pedir um esclarecimento a Luís Montenegro sobre esta matéria.

Nuno Melo quis ainda deixar "uma sugestão a André Ventura". “Pare lá de tresler o pensamento dos outros e deixar de ser o aliado útil, a muleta útil das esquerdas, disponível para apresentar moções de rejeição a este governo da AD, para dar a mão ao PS, BE, PCP, PAN e Livre”, desafiou.

Luís Montenegro (PSD) e Nuno Melo (CDS) na Convenção da Aliança Democrática (António Pedro Santos/LUSA)

Ao longo do discurso, Nuno Melo foi apontando o dedo a várias figuras, desde Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, a Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS. O líder do CDS disse mesmo que Mariana Mortágua e André Ventura têm um traço "em comum", tendo em conta as medidas que apresentaram até agora, em concreto o aumento das pensões em linha com o salário mínimo nacional - medida que acusa o Chega de ter "copiado" ao Bloco. "Mariana Mortágua e André Ventura têm a capacidade de levar Portugal à bancarrota tal qual José Sócrates, só que mais rápido", argumentou.

Nuno Melo centra depois o discurso naquele que considera ser "realmente" o "adversário" da AD - Pedro Nuno Santos. O líder do CDS acusa o PS de se "desdobrar em promessas, prometendo tudo a todos" agora que faltam menos de dois meses das eleições legislativas. Ora, para Nuno Melo, "as promessas do socialismo só podem ser pagas de duas formas: ou pelo aumento dos impostos ou pelo aumento da dívida."

"Se Pedro Nuno Santos vencesse eleições, pagaríamos impostos mais altos cada vez que comemos, bebemos, fumamos, quando conduzimos, quando queremos ser proprietários e até quando morrermos. Com Pedro Nuno Santos vai ser até à campa. Já nem mortos nos livraremos do fisco", afirma.

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