Zelensky e Costa falam ao telefone e coordenam "posições na véspera da Cimeira da NATO"

8 jul 2023, 12:29
António Costa e Volodymyr Zelensky (Ukrainian Presidential Press Office via AP)

Portugal reitera o seu apoio à adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO. Contudo, com a ressalva de que, na aliança militar, esse passo só pode ser dado "quando as condições o permitirem"

Volodymyr Zelensky e António Costa conversaram, este sábado, ao telefone para coordenar "as posições na véspera da Cimeira da NATO em Vilnius". O telefonema aconteceu enquanto o presidente ucraniano se encontra na Turquia e o primeiro-ministro português em Sintra, no Conselho de Ministros informal. 

"Falei ao telefone com o primeiro-ministro de Portugal a partir da Turquia e coordenámos as nossas posições na véspera da Cimeira da NATO em Vilnius. Sublinhei a importância da posição decisiva da Aliança relativamente à futura adesão da Ucrânia e agradeci a avaliação positiva da implementação das recomendações da Comissão Europeia por parte da Ucrânia. Esperamos iniciar as negociações sobre a adesão de Ucrânia à União Europeia até ao final do ano", escreve o presidente ucraniano.

Zelensky diz ainda que agradeceu a António Costa "a disponibilidade de Portugal para participar concretamente na implementação de três pontos da Fórmula de Paz ucraniana - segurança alimentar e energética e ecocídio".

Também António Costa assinalou o telefonema com Zelensky, revelando que o mesmo aconteceu "no dia em que atingimos a triste marca de 500 dias desde o início da guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia".

"Portugal tem apoiado a Ucrânia no exercício do seu direito de se defender desta agressão brutal e injustificada desde o primeiro dia e continuará a fazê-lo enquanto for necessário. Reafirmámos este compromisso na Declaração Conjunta que adoptámos durante a nossa conversa telefónica"

Após o contacto telefónico e as respetivas publicações dos dois líderes nas redes sociais, foi divulgada uma declaração conjunta de Portugal e Ucrânia, onde é condenada a invasão russa e reforçado o apoio nacional ao país invadido.

“A República Portuguesa mantém-se firme no seu compromisso para com a Ucrânia no que respeita à sua independência, soberania e integridade territorial dentro das fronteiras reconhecidas”, lê-se no documento.

Na véspera da Cimeira da NATO, em Vilnius, é também abordada a integração da Ucrânia na aliança militar. Portugal, neste matéria, é contido quanto ao pedido de adesão rápida pedido por Zelensky. “A República Portuguesa continuará a apoiar a Ucrânia no seu caminho para a futura adesão” “quando as condições permitirem”, lê-se.

Já sobre a integração na União Europeia, a posição é mais categórica: “O futuro da Ucrânia e do seu povo está na família europeia”.

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