Chaves quer Auri Marco cumpriu finalmente o sonho de chegar a um dos melhores clubes da I Liga. O defesa troca Chaves por Guimarães e mostra-se disposto a ajudar na reabilitação da nova equipa.
Uma tarde agitada no complexo do Guimarães. Passavam poucos minutos das 14.30 quando Congo, na presença de dirigentes do Toulouse e de Neno, abandonava as instalações do clube minhoto. Uma hora mais tarde, chegava um novo jogador. Desconhecido de início. Era Marco Couto, defesa-central do Chaves que, acompanhado de Baltazar Ferreira, presidente do clube transmontano e António Teixeira (empresário), vinha para rubricar contrato com os vitorianos. O jogador foi ao notário, tendo posteriormente respondido às várias questões colocadas pelos jornalistas. Visivelmente satisfeito, começou por afirmar «estar muito feliz por representar um dos melhores clubes nacionais», mostrando vontade em «ajudar» a nova equipa.
Questionado sobre se pretende agarrar a titularidade, foi dizendo que «terá de trabalhar muito». «O momento do Guimarães», lembra, «não é bom, mas estaria a mentir se dissesse que vinha para aqui fazer número».
Numa breve caracterização, Marco considera-se «um central moderno» que também «sabe jogar a líbero». «Sei fazer as duas coisas: este ano jogo a central de marcação, mas no ano passado actuei a líbero». Preferencialmente, diz que «gosta de usar o pé direito» e esta época só falhou um jogo no Desportivo de Chaves, por castigo.
O currículo
O defesa que esta tarde o Guimarães adquiriu ao Chaves (II Liga) foi formado nas Escolas do Maia. Aos 26 anos, Marco Paulo Paz Couto deu hoje o «salto» para um patamar superior e deverá nos próximos tempos fazer a sua estreia na I Liga.
Marco passou por clubes sem grande expressão no futebol português, desde o Salir, Trofense, Senhora da Hora, Castêlo da Maia, estando actualmente a cumprir a sua terceira época no Desportivo de Chaves. Faltava-lhe ano e meio para terminar o contrato com os transmontanos, mas hoje teve carta branca de Baltazar Ferreira, presidente do Chaves para se vincular ao Guimarães nas próximas três épocas e meia.
O empresário, António Teixeira, garantiu que haviam três clubes da I Liga portuguesa interessados no atleta, bem como um clube da I Liga espanhola (Alavés) e outro da II Liga (Atlético de Madrid), mas «o Guimarães antecipou-se».
Presidente do Chaves quer Auri
O responsável máximo do Chaves, Baltazar Ferreira, disse que a transferência de Marco Couto «foi um bom negócio». Não quis divulgar os montantes envolvidos, mas confessou que o negócio foi «bom financeiramente» e destacou que «o bom relacionamento entre os dois clubes» permitirá ao Chaves ter «prioridade na aquisição de atletas provenientes de Guimarães».
Um dos futebolistas em questão parece ser Auri. «Gostava de o contratar», diz Baltazar Ferreira, explicando que «existe abertura negocial por parte do Guimarães». O brasileiro, todavia, não parece muito disposto a jogar na II Liga.
O Guimarães treinou hoje no Estádio D.Afonso Henriques. Pela primeira vez, desde que Álvaro Magalhães pegou na equipa, o treino desta tarde não pôde ser observado por jornalistas. O médio Carlos Alvarez está a contas com uma microrrotura e não é opção para o jogo frente ao Farense.
