Esteve preso 51 anos, foi libertado e em menos de dois anos voltou a ser preso: a história de Ron Evans, o "Violador de Clifton"

16 nov 2023, 18:01
Ronald Evans (METROPOLITAN POLICE)

Entre 1977 e 1979, violou sete mulheres enquanto estava em liberdade condicional. Anteriormente, já tinha estado 11 anos preso por matar uma mulher de 21 anos por motivos de índole sexual

Ronald Evans ficou conhecido pela alcunha “Violador de Clifton” e é um dos reclusos mais antigos do Reino Unido. Esteve encarcerado durante mais de 50 anos por um homicídio e vários crimes sexuais, até que foi colocado em liberdade condicional. Agora, menos de dois anos depois de ter sido libertado, voltou a ser condenado a quatro anos de prisão efetiva por um novo crime sexual.

Evans tem agora 82 anos e foi dado como culpado pela agressão sexual, mas inocentado por três outros crimes sexuais contra uma segunda vítima, avança a BBC.

De acordo com a acusação Ronald conheceu uma mulher, cuja identidade não foi revelada pelo tribunal, num centro comunitário de Wembley, em Londres, e convidou-a para ir ao seu apartamento, onde acabou por a agredir sexualmente.

“É evidente que pelos seus atos que o tempo nada fez para mudar o facto de você ser um predador sexual. Procurou uma nova vítima vulnerável e que sabia que poderia manipular”, disse a juíza Vanessa Francis responsável pelo caso.

No julgamento, a juíza descrever Ronald como um homem “inteligente e manipulador” e que “representa um risco significativo para as mulheres”.

Assim nasceu o "Violador de Clifton"

O historial crimes sexuais e violentos de Ronald Evans começa aos 22 anos, em 1963, quando matou Kathleen Heathcote, uma trabalhadora de uma loja de 21 anos, por motivos de índole sexual. Foi condenado e passados 11 anos colocado pela primeira vez em liberdade condicional.

Foi então que se mudou para Bristol, onde fica o bairro de Clifton que acabou por dar nome ao pseudónimo de Ron Evans, porque, entre 1977 e 1979, violou sete mulheres nas áreas de Clifton, Redland e Westbury Park.

Perante a crescente pressão mediática para capturar o ainda desconhecido “Violador de Clifton”, em janeiro de 1979, a polícia britânica montou uma operação secreta executada sobretudo por jovens agentes do sexo feminino com várias “armadilhas de mel” – destinadas a chamar a atenção de Ron Evans.

Dois meses depois, a agente Michelle Leonard estava à paisana quando um homem a agarrou e disse: “Não grites ou mato-te”, era Ronald Evans, que acabou por admitir ter cometido cinco dos crimes noticiados.

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