Eurostat: taxa de inflação passa os 5% na UE em novembro

Agência Lusa , DCT - notícia atualizada às 11:57
17 dez 2021, 10:12
Energia

Considerando as componentes da inflação, a energia foi a que conheceu a maior subida em novembro: 27,5%, face aos 23,7% de outubro

A taxa de inflação homóloga da União Europeia (UE) foi de 5,2% em novembro, divulga o Eurostat, confirmando a de 4,9% para a zona euro, ambas com máximos e puxadas pela subida dos preços da energia.

Na zona euro, a inflação homóloga atingiu os 4,9% - o valor mais alto desde o início da série, em 1997 -, que se compara com os 4,1% de outubro e com os -0,3% de novembro de 2020.

Na UE, a taxa de inflação homóloga chegou aos 5,2%, face aos 4,4% de outubro e os 0,2% de novembro de 2020, atingindo também um novo máximo desde 1997.

Considerando as componentes da inflação, a energia foi a que conheceu a maior subida em novembro: 27,5%, face aos 23,7% de outubro.

A taxa de inflação homóloga ficou acima dos 2% em todos os Estados-membros, com Portugal a apresentar a segunda menor (2,6%), depois de Malta (2,4%) e seguido da França (3,4%), enquanto as mais altas se registaram na Lituânia (9,3%), Estónia (8,6%) e Hungria (7,5%).

Face a outubro, o indicador manteve-se estável na República Checa e aumentou nos outros 26 Estados-membros.

Em julho, o Banco Central Europeu (BCE) informou que a sua nova estratégia contempla um objetivo de inflação simétrica de 2% a médio prazo, uma meta mais flexível, admitindo desvios temporários e moderados.

O objetivo de inflação definido pelo BCE até agora era uma taxa próxima, mas ligeiramente abaixo de 2%.

Inflação pode atingir os 1,8% no próximo ano

Já o Banco de Portugal estimou esta sexta-feira que a inflação atinja os 1,8% no próximo ano, depois de ficar nos 0,9% em 2021, de acordo com números divulgados no Boletim Económico de dezembro.

As estimativas esta sexta-feira divulgadas, quanto a 2022, superam as do Governo, que mantém a previsão de 0,9% (igual a 2021), mas o FMI aponta para 1,3%, o Conselho das Finanças Públicas para 1,6% e a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) esperam que a inflação atinja 1,7%.

Quanto aos anos seguintes, a instituição liderada por Mário Centeno estimou esta sexta-feira que a inflação abrande para os 1,1% em 2023 e seja de 1,3% em 2024.

Segundo o Banco de Portugal, a evolução da inflação estará "muito influenciada pela componente energética".

"A projeção para a inflação foi revista em alta ao longo do horizonte face ao Boletim de junho, destacando-se a revisão em 2022 (0,9 pp [pontos percentuais])", assinala ainda o banco central.

Quanto a 2021, os números do BdP igualam os do Ministério das Finanças, que estima que a inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), fique nos 0,9% no final deste ano, tal como na anterior previsão do BdP.

Por outro lado, a Comissão Europeia, a OCDE e o Conselho das Finanças Públicas (CFP) preveem uma inflação de 0,8%.

Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem a previsão mais elevada, que aponta para 1,2% em 2021.

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