As explosões nas cidades que ainda não tinham sido alvo de bombardeamentos fizeram, esta noite, três mortos. Em Versalhes, a Ucrânia deu mais um passo em direção à integração na União Europeia, recebendo o apoio "sem demora" do Conselho Europeu. Durante a noite, foram travadas batalhas em Kharkiv, enquanto a Rússia concentra esforços no cerco a várias cidades, como Kiev e Mariupol
- As forças russas estão a aproximar-se de Kiev. De acordo com as últimas imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar, a coluna militar com mais de 60 quilómetros que durante vários dias esteve parada a norte da capital ucraniana está a começar a dispersar e a ser destacada em diversas posições, perto do aeroporto Antonov.
- Também um relatório de inteligência divulgado recentemente pelo Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que as forças russas estão “a concentrar um número mais elevado de forças destacadas para cercar cidades-chave”, como Kiev, devido à forte resistência ucraniana.
- Durante a noite, explosões nas cidades que ainda não tinham sido alvo de bombardeamentos fizeram três mortos. As forças russas atacaram as cidades de Dnipro, Lutsk e Frankivsk tendo atingido um aeródromo, alvos militares, um jardim de infância, aéreas residenciais e uma fábrica de sapatos.
- O governador regional de Kharkiv, Oleg Synehubov, avançou que as tropas russas bombardearam um hospital psiquiátrico em Izium, a sudeste de Kharkiv. No momento do ataque, estavam 330 pessoas no hospital mas, segundo os Serviços de Emergência da Ucrânia, os bombardeamentos não fizeram vítimas mortais "dado que todos os pacientes estavam no abrigo da cave".
- O Estado-Maior Geral das Forças Armadas ucraniano deu conta de que Kharkiv, que já perdeu 48 escolas, foi palco de violentos combates, sendo que, até ao momento, as tentativas russas de cercar a cidade não tiveram sucesso. Por outro lado e a partir de Donetsk e de Tavriianos, os militares de Putin estão a esforçar-se por capturar as cidades de Mariupol, alvo de violentos ataques nos últimos dias e de Severodonetsk.
- Mais de um milhão de crianças já fugiu da Ucrânia com as suas famílias à procura de um lugar seguro, segundo um comunicado da Unicef publicado esta quinta-feira. No total, segundo as Nações Unidas, mais de 2.5 milhões de pessoas já saíram da Ucrânia, sendo que a Polónia já acolheu mais de 1,5 milhões dessas pessoas.
- A Força Aérea da Ucrânia disse ter abatido 10 aviões de guerra russos e destruiu dois grandes comboios militares. Em comunicado, os militares dizem que nove caças Su-25 e um Su-34 foram neutralizados.
- Há 12 corredores humanitários a decorrer esta sexta-feira: Mariupol-Zaporizhzhia; Polohy-Zaporizhzhia; Volnovakha-Pokrovsk; Energodar-Zaporizhzhia; Izium-Lozova; Bucha-Kiev; Hostomel-Kiev; Kozarovichi-Kiev; Mykulychi-Kiev; Andriyivka-Zhytomyr; Makariv-Zhytomyr; Borodyanka-Zhytomyr. A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, revelou também que estão a ser preparadas novas rotas a partir de Kherson, Chernihiv e Kharkiv.
- O prefeito de Odessa alertou para uma nova ofensiva russa, que deverá passar pelo cerco à cidade e um possível desembarque naval. O cerco a Odessa, avisa ainda, pode ser feito através da Transnístria, território separatista.
- Numa reunião do Conselho de Segurança russo, o presidente Vladimir Putin expressou o seu desagrado com o facto de haver voluntários estrangeiros a combater ao lado das tropas ucranianas. No entanto, no caso da Rússia, Putin já é da opinião que o seu país deve receber e ajudar a chegar às zonas de combate todos os voluntários que queiram combater contra a Ucrânia. Citado pela Reuters, Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, revelou que há 16 mil voluntários do Médio Oriente "prontos para lutar pela Rússia".
- Num novo vídeo publicado no Facebook, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Ucrânia está "a caminho da vitória", mas que essa vitória pode demorar muito tempo. "Já alcançámos um avanço estratégico. Já estamos a caminho da vitória", escreveu no texto que acompanha o vídeo.
- A maioria dos líderes europeus está empenhada em mostrar à Ucrânia que é bem-vinda na Europa dos 27 e essa mensagem deve ser clara. Esta madrugada, a Ucrânia deu mais um passo em direção à integração na União Europeia, através do apoio "sem demora" do Conselho Europeu.
- A União Europeia disponibilizou os primeiros 300 milhões de ajuda financeira à Ucrânia, o "primeiro pagamento" de um pacote de 1,2 mil milhões de euros.
- As Nações Unidas dizem estar na posse de "informações credíveis" sobre o uso de bombas de fragmentação pelas tropas russas na Ucrânia. Segundo uma porta-voz da ONU, essas informações apontam ainda que estas armas proibidas, e que configuram um crime de guerra, foram usadas em zonas residenciais.
- A doente ucraniana, politraumatizada, que está internada no Hospital de São João, no Porto, “está estável”, mas precisará de “várias cirurgias”, revelou fonte do centro hospitalar. A doente chama-se Viiktoria, tem 37 anos, e sofreu um atropelamento no dia 22 de dezembro de 2021, do qual resultaram “múltiplas lesões graves”.
