Euro 2016: Ucrânia deteve suspeito de preparar ataques terroristas

6 jun 2016, 11:48
Euro 2016 (Lusa)

Cidadão francês detido junto à fronteira com a Polónia na posse de armas e explosivos

Um cidadão francês foi detido na Ucrânia por suspeita de estar a preparar quinze atentados terroristas no decorrer da fase final do Campeonato da Europa que começa no próximo dia 10 em França, revelaram esta segunda-feira os serviços de segurança ucranianos.

«A SBU conseguiu impedir quinze atos terroristas planeados para acontecerem antes e durante o Campeonato Europeu de futebol», declarou o chefe dos serviços de segurança ucranianos (SBU), Vassil Grytsak. Segundo o responsável, o suspeito disse às autoridades ucranianas que era contra a «política do seu governo em relação à chegada em massa de estrangeiros a França, a difusão do Islão e a globalização».

Vassil Grytsak disse ainda que «o cidadão francês recebeu cinco espingardas automáticas Kalashnikov, mais de cinco mil munições, dois lança-foguetes antitanque, 125 quilos de explosivos TNT, 100 detonadores, 20 capuzes e outras coisas». «Os objetivos eram, alegadamente, uma mesquita, uma sinagoga, centros de cobrança de impostos, instalações de controlo em autoestradas e outros locais», declarou o responsável pela segurança ucraniano.

«O grupo para o qual o cidadão detido levava as armas planeava uma quinzena de atentados no período da celebração do Euro 2016», acrescentou. De acordo com a SBU, o francês chegou à Ucrânia em dezembro 2015 e, apresentando-se como voluntário, fez contacto com as unidades militares no leste do país, onde as forças ucranianas combatem os separatistas pró-russos. «Ele começou a concentrar-se nos meios para comprar armas, explosivos e outros equipamentos na Ucrânia», disse ainda Vassil Grytsak.

Os serviços secretos ucranianos trabalharam durante seis meses antes de proceder a prisão do suspeito e não tinham a intenção de divulgar a sua prisão até o final do Euro 2016, mas foram forçados a isso depois da informação chegar à imprensa.

De acordo com fontes policiais francesas, Lorrain, de 25 anos, um desconhecido para a polícia francesa, trabalha como inseminador numa cooperativa agrícola no Baixo Reno, no leste da França. Uma investigação foi, entretanto, aberta em França e confiada ao departamento central de luta contra o crime organizado (OCLCO) e ao serviço regional da polícia judiciária (SRPJ) de Nancy.

Uma busca foi realizada na casa do cidadão francês em Nant-le-Petit, uma aldeia em Meuse, com oitenta habitantes. «(A busca) não revelou nada em particular. Uma camisola com a sigla de um grupo de extrema-direita foi apreendida», disse uma fonte policial. Questionado pela agência de notícias francesa AFP, o presidente da câmara de Nant-le Petit, Dominique Pensalfini-Demorise, disse que o rapaz era «agradável com os vizinhos, inteligente e amigável, que estava sempre disposto a ajudar».

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