Taxistas lamentam não terem sido consultados mas garantem veículos "suficientes" para “responder às necessidades” da JMJ

Agência Lusa , BCE
27 jul 2023, 13:49
Táxi em Lisboa (Foto: AWAY/ DR)

Os taxistas garantem que os veículos existentes em Lisboa são “suficientes" para dar resposta à deslocações dos peregrinos

Duas associações representativas dos táxis criticam a falta de consulta do setor para a elaboração do plano de mobilidade urbana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas garantem haver táxis para “responder às necessidades”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, explicou que houve “simplesmente um convite” para as associações estarem presentes numa iniciativa para dar conhecimento de como seria o plano.

“Pensava eu que os táxis iam ser envolvidos na mobilidade urbana, nomeadamente no que diz respeito aos transportes de passageiros, [mas] para isso nunca fomos convidados”, disse Carlos Ramos.

O representante sublinhou que os táxis deveriam estar “integrados nos transportes mais gerais” do plano da JMJ (ou seja, considerados no documento e divulgados como os transportes públicos coletivos), tendo em conta a oportunidade de “fazer algum dinheiro” extra.

No entanto, Carlos Ramos garantiu que os veículos existentes em Lisboa são “suficientes para o que se perspetiva” durante a próxima semana em relação às deslocações dos peregrinos.

“Pode chegar, pode não chegar, mas penso que são suficientes os 3.600 táxis que existem na cidade de Lisboa. São mais do que suficientes para responder às necessidades”, frisou.

Também o responsável da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida, lamentou à Lusa ter somente participado na reunião em que o setor foi informado sobre “as restrições da mobilidade” na cidade durante a próxima semana.

“Não colaborámos em nada. Teremos de cumprir com aquilo que está efetivamente delineado, com as restrições nos locais onde não poderemos entrar. Estou convencido de que em muitas zonas vamos ter esse problema, tendo em conta que, por vezes, não somos considerados transportes públicos pela parte de alguns agentes da PSP”, afirmou.

Apesar de considerar que “deverá ser complicado circular pela cidade”, Florêncio Almeida mostrou alguma expectativa no retorno que o evento poderá trazer para os taxistas.

“Algum retorno terá. Nós vendemos quilómetros, não vendemos mais nada. Se os carros têm de andar e se o transito é muito, e se o carro não pode, não há serviço. Logo, não há negócio”, acrescentou.

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