Taça: Marítimo-União de Leiria, 0-3 (crónica)

Raul Caires , Estádio do Marítimo
10 jan, 20:58

União de Leiria apaga ‘Caldeirão’ e avança na Taça de Portugal

Três golos sem resposta e uma exibição superior diante de um Marítimo sem chama ditaram hoje o apuramento da União de Leiria para os quartos de final da Taça de Portugal. 

Melhor entrada não podia desejar a União de Leiria. Logo aos 26 segundos de jogo, Pedro Empis cruza com tudo desde a esquerda e Jair da Silva finaliza de cabeça, embora o guardião madeirense tenha deixado a ideia de ter sido mal batido.

O Marítimo procurou reagir, mas a sua construção ofensiva, sem grande intensidade, foi esbarrando nas linhas visitantes, sempre muito coesas e agressivas tanto a pressionar alto como a fechar bem os os caminhos para a baliza à guarda de João Oliveira. 

Os leirienses defendiam bem e exploravam na mesma medida a profundidade, com um futebol direto que foi gerando calafrios nas bancadas do Caldeirão. Aos 24 e 26, dois remates perigosos, primeiro por Jair da Silva, que saiu à malha lateral direita da baliza de Samu Silva, e depois por Lucho Vega, num disparo à entrada da área que saiu um pouco por cima da trave, deixaram dois avisos sérios que o Marítimo não podia ignorar. 

Com tudo a correr mal no processo ofensivo da equipa de Fábio Pereira, a equipa madeirense passou a apostar num futebol mais pensado de forma a chegar ao último reduto leiriense sem correr grandes riscos na retaguarda. O duelo perdeu intensidade, mas a equipa de João Botelho da Costa soube ser paciente e esperar por nova ocasião para rasgar as linhas insulares.

A oportunidade chegou a cinco minutos do intervalo. Jair da Silva, bem lançado no espaço vazio, parte para a baliza de Samú com Fábio China a tentar roubar-lhe a bola, e uma vez chegados à grande área, o lateral-esquerdo e ‘capitão’ dos verde-rubros acaba por tocar com o braço na cara do avançado brasileiro. Grande penalidade prontamente assinalada pelo árbitro João Gonçalves, que Valdir converteu sem dar hipótese ao guardião da casa. 

Fábio Pereira, que já tinha mandado vários jogadores aquecer pouco depois da meia hora, fez quatro alterações ao descanso, que se traduziram em injetar mais experiência no ataque e no meio campo.

Os madeirenses voltaram das cabines dispostos a marcar cedo e a sufocar a União de Leiria. O recém-entrado José Bica, aos 48, ficou muito perto de reduzir a desvantagem num remate que saiu muito perto da baliza. Perto dos 60, o jovem avançado português voltou a tentar ser feliz, desta vez com a cabeça, mas novamente sem sorte. 

O domínio quase sufocante da equipa da casa foi perdendo gás e a formação visitante, que foi aguentando muitas investidas insulares com relativa tranquilidade, voltou a ser eficaz no aproveitamento do erro alheio. 

Desta feita, tudo começou numa perda de bola em zona proibida, que foi trabalhada rapidamente por Jordan van der Gaag para oferecer o golo a Lucho Vega, que depois de passar entre os centrais, rematou para levar a bola a tocar na base do poste direito antes de de se alojar no fundo das redes verde-rubras. Tudo muito bem feito e eliminatória decidida.

O Marítimo não deixou de procurar o tento de honra, mas quem esteve sempre mais perto do golo foi a equipa visitante e esta só não regressou a casa com um resultado mais volumoso porque Samú Silva negou boas tentativas de Jair da Silva e de Jordan van der Gaag.

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