Europeu sub-19: Portugal-Noruega, 5-0 (crónica)

13 jul 2023, 19:04

Malta que é para levar a sério carimba final com goleada

Esta malta é para levar (muito) a sério.

Um. Dois. Três. Quatro. Cinco.

Tal como frente à Itália na fase de grupos, Portugal repetiu a dose frente à Noruega nas meias-finais, desta vez sem sofrer golos (5-0), para garantir a primeira vaga na final do Europeu sub-19 de 2023.

Em Malta, no Estádio Tony Bezzina, casa do Hibernians, Gustavo Sá abriu o marcador bem cedo, um penálti de Hugo Félix dobrou a diferença, Rodrigo Ribeiro fez o 3-0 antes do intervalo, bisou já na segunda parte e assistiu, depois, para o 5-0 final, num golo muito esperado de Carlos Borges.

A seleção comandada por Joaquim Milheiro controlou e dominou praticamente durante todo o jogo. Teve qualidade coletiva e individual. Foi eficaz, desenhou boas jogadas, deu espetáculo e, na verdade, até podia ter marcado mais. Praticamente não deixou os nórdicos, comandados pelo português Luís Pimenta, criar grandes ocasiões de perigo. A Noruega fez dois remates enquadrados e Gonçalo Ribeiro esteve seguro e tranquilo na baliza.

Depois do título de 2018, Portugal vai à procura de novo êxito e de evitar repetir as derrotas nas finais de 2003 (Itália), 2014 (Alemanha), 2017 (Inglaterra) e 2019 (Espanha). Fica à espera, precisamente, do desfecho da meia-final entre italianos e espanhóis, às 20 horas.

Com a base dos dois primeiros jogos da fase de grupos no onze inicial – Milheiro fez regressar nove nomes esta tarde e só Gabriel Brás e Gonçalo Esteves se mantiveram face ao jogo ante Malta – Portugal entrou praticamente a ganhar: aos quatro minutos, a Noruega tentou sair a jogar desde a área defensiva, a bola foi atrasada para Rugland Ree e Gustavo Sá foi pressionar o pontapé do guarda-redes, intercetando para fazer o 1-0.

A partir da vantagem, Portugal embalou para um jogo de competência total. Aos 17 minutos, após mão na bola assinalada na área dos noruegueses, Hugo Félix fez o 2-0 de penálti e o 3-0 surgiu com naturalidade, dado o domínio e a onda ofensiva lusa: marcou Rodrigo Ribeiro, ao minuto 31, num desvio ao segundo poste após Gustavo Sá ter ganho o lance de cabeça, na área.

Para a segunda parte, Milheiro não facilitou e abdicou de Gonçalo Esteves e Nuno Félix, já amarelados. Faria o mesmo com Gustavo Sá, aos 58 minutos, pouco depois de o médio ter visto o cartão amarelo.

Com uma hora de jogo, não havia indicadores que colocassem em causa a vantagem e o apuramento de Portugal para a final e o resultado foi mesmo ampliado, com dois golos em três minutos que tiraram em definitivo a pouca esperança que a Noruega ainda podia ter. Ao minuto 66, uma grande jogada entre Samuel Justo e João Vasconcelos resultou num desvio final de cabeça de Rodrigo Ribeiro, que bisou para o 4-0. Ao minuto 69, Hugo Félix lançou o dois para um, Rodrigo Ribeiro entrou na área, esperou a aproximação do central e colocou para Carlos Borges que, isolado, não desperdiçou. O extremo do Manchester City procurou o primeiro golo no Europeu, conseguiu, fechou o resultado e acabou a abraçar intensamente o selecionador, após ser substituído.

Numa tarde perfeita, a única preocupação foi mesmo a saída do lateral-esquerdo Martim Marques, com queixas, ao minuto 73.

A final está marcada para o próximo domingo, dia 16 de julho, às 20 horas. Na decisão, Portugal vai voltar a defrontar a Itália, adversária na fase de grupos, que na outra meia-final derrotou a Espanha.

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