Sporting-Rio Ave, 2-0 (destaques)

Sérgio Pereira , no Estádio de Alvalade, em Lisboa
25 set 2023, 22:29

Evangelho segundo são Marcus

Figura: Marcus Edwards

Aquele jeito de ser meio desinteressado consegue tirar muita gente do sério, inclusivamente os companheiros, mas a verdade é que tem um talento raro de encontrar. Quando as jogadas lhe saem bem, geralmente acontece perigo. Esta noite, por exemplo, marcou um golo impossível, de ângulo apertado, deu início à jogada do golo de Paulinho, deu início também à jogada que acabou com um remate perigoso de Nuno Santos e ainda serviu Pote para uma grande ocasião.

Positivo: Paulinho

Na ausência de Gyokeres, que passou o jogo no banco, Paulinho voltou a ser a referência ofensiva e sentiu-se lindamente nesse papel. Gosta de receber de costas para a baliza, jogar com os colegas e correr para a área. Fez o golo inaugural da partida, mais tarde arrancou um grande passe no espaço aéreo para um remate de Pote à trave. Voltou à liderança dos melhores marcadores, agora com cinco golos (em igualdade com o boavisteiro Bozeník).

Momento: golo aos dez minutos

O Sporting entrou bem no jogo: atacava e conseguia chegar com alguma facilidade à baliza do Rio Ave, mas era preciso marcar para evitar que Alvalade se desassossegasse. Edwards até já o tinha feito, mas a jogada foi bem anulada. Até que o mesmo Edwards fugiu pelo meio, lançou Morita no momento certo e o japonês cruzou para Paulinho finalizar para golo. O estádio respirava de alívio: o mais difícil estava feito e a partir dali ia haver mais espaço para jogar.

OUTROS DESTAQUES:

Nuno Santos

No reencontro com uma equipa que lhe diz tanto, e que por duas vezes reabilitou a carreira dele, Nuno Santos foi uma formiga incansável: num vai e vem constante pela esquerda, atacou, defendeu, deu profundidade à equipa e por duas vezes ameaçou o golo em bons remates.

Morita

Um grande jogo do médio leonino, hoje estrategicamente um pouco mais adiantado, para se juntar a Paulinho na pressão à primeira linha de construção do Rio Ave. Fartou-se de correr, roubar bolas, de distribuir jogo e ainda teve pulmão para ir lá à frente assistir Paulinho.

Pote

É difícil perceber o que se passa com o crónico melhor marcador do Sporting (pelo menos tem sido assim nas últimas épocas). Pote até se associa, participa muito no jogo, joga e faz jogar, mas tem estado desastrado na finalização. Esta noite o melhor que fez foi acertar na trave.

Magrão

O guarda-redes que Luís Freire descobriu dentro de casa, e que este ano agarrou a titularidade, manteve o Rio Ave vivo até ao fim. Por duas vezes, por exemplo, negou o golo a Nuno Santos. Talvez pudesse ter feito mais no golo de Edwards, é verdade, mas de resto esteve impecável.

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