E garantem que «número de mulheres portuguesas a abortarem Badajoz aumentou»
O grupo Católicos Socialistas, constituído no interior do PS, lamentou, na quinta-feira, que o dinheiro dos impostos tenha servido para o Serviço Nacional de Saúde executar «mais de seis mil abortos».Em reunião numa casa particular em Setúbal, onde terão estado presente 22 dos «cerca de 50» membros daquele grupo, foi feito o balanço de um ano da aprovação em referendo da interrupção voluntária da gravidez, disse à Agência Lusa Cláudio Anaia, porta-voz do grupo.
aborto «sem fiscalização»
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Cláudio Anaia, de 36 anos, «militante honorário da Juventude Socialista», disse à Lusa que entre as principais conclusões da reunião de Setúbal está a proposta de que «na declaração de IRS, os contribuintes possam escolher (...) que o respectivo imposto não seja para interrupções voluntárias da gravidez».
Interrogado sobre poderia ser concretizada e fiscalizada essa medida, Anaia respondeu: «Não somos fiscalistas, propomos apenas que haja um espaço para essa declaração ou para dizer que se prefere que o dinheiro do imposto seja canalizado pelas instituições pró-vida.»
O grupo apurou também que, apesar da aprovação da interrupção voluntária da gravidez, «os abortos clandestinos continuam» e que «o número de mulheres portuguesas a irem a Badajoz para abortar aumentou».
Por outro lado, decidiram «apelar à nova ministra que acabe com a política de fechar maternidades no interior do país e apoiar clínicas de aborto em Lisboa».