Ricardinho, dez golos para a eternidade (e até depois disso)

9 nov 2021, 23:57
Ricardinho

O Maisfutebol recorda os momentos mais geniais com a camisola da Seleção Nacional, de um jogador incomparável. Em jeito de homenagem.

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Ricardinho deixou que as lágrimas lhe correm pelo rosto e anunciou o fim de uma das mais belas histórias de amor do desporto nacional: o Mágico disse adeus à Seleção Nacional. Para a eternidade, e até depois disso, o esquerdino natural de Gondomar deixa algumas obras de arte.

No dia em que Portugal chorou com Ricardinho, o Maisfutebol recorda os dez mais belos golos com a camisola nacional daquele que será o melhor jogador de sempre de futsal. São instantes que desafiam todas as leis da física e flexibilidade humana para nos fazer deitar as mãos à cabeça.

Ricardinho foi um tipo normal a quem aconteceu nascer com um dom. Um predestinado, que as voltas da vida fizeram seguir o caminho para o qual estava destinado: ser o melhor dos melhores.

Nem que para isso tivesse de ouvir um não do FC Porto e recusar ele próprio o Gondomar, por ter demasiados betinhos. O esquerdino não estava destinado a jogar futebol e foi uma questão de tempo até o perceber. Por isso, e porque não se pode contrariar o destino, Carolina Silva cruzou-se no caminho dele e arrebatou-o definitivamente para o futsal, no modesto Gramidense.

O clube ficava ali pertinho de casa, em Valbom, para onde a família se tinha mudado depois de a casa muito modesta em Fânzeres ter ficado desfeita num incêndio. A Câmara Municipal realojou a família num bairro social de Valbom e a treinador Carolina Silva atraiu Ricardinho para o futsal.

Muitas vezes, aliás, teve de ir a casa buscar o esquerdino para treinar: o irmão mais novo tinha nascido e Ricardinho estava encarregue de tomar conta dele. A solução era levar o bebé para o pavilhão e dar-lhe o biberão no fim do treino.

Pelo caminho ainda esteve quase a deixar o futsal, quando os pais decidiram que estava na altura de trabalhar, porque era preciso mais dinheiro em casa. Foi mais uma vez a treinador Carolina Silva que intercedeu por ele e convenceu os progénitos que ia valer a pena esperar pelo miúdo.

A família esperou, com sacrifício, porque havia cinco bocas para alimentar. Sacrifícios que a vida veio a provar terem valido a pena. Depois do Gramidense veio o Miramar, o Benfica e a eternidade.

Obrigado por tudo, Ricardinho.

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