Sub-20: Portugal-Inglaterra, 2-0 (crónica)

10 abr 2002, 22:26

Partida de fraca qualidade Esta selecção vai disputar a qualificação do Euro 2004 sub-21 e a presença nos Jogos Olímpicos de Atenas.

Portugal venceu a Inglaterra, por 2-0, num encontro particular que se insere no «Projecto Europa 2004», realizado no estádio José Gomes. Esta será a selecção que vai disputar a qualificação do Euro 2004 de sub-21 e uma presença nos Jogos Olímpicos de Atenas. Os golos chegaram nos últimos dez minutos, num momento em que, pela fraca qualidade do jogo, se esperava que este terminasse a zero. Pelo que produziu, especialmente na primeira parte, a vitória assenta bem aos portugueses.

Uma primeira parte de fraca qualidade. Portugal dominou, mas falhou sempre na área que mais interessa: a finalização. Gisvi (Sporting) ainda deu indicações de que podia incomodar os defesas ingleses, mas depressa desapareceu do jogo. Os jogadores lusos foram os que mais se aproximaram da baliza adversária e criaram algumas oportunidades que não conseguiram concretizar. A bola ainda entrou na baliza inglesa aos 28 minutos. Festejou-se o golo que afinal não o era, porque Ricardo Costa estava em fora-de-jogo.

Mesmo a jogar «a feijões», já que se tratava de uma partida particular, a juventude e irreverência dos jogadores veio ao cimo, no final da primeira parte. Um lance mais duro entre Ricardo Costa e Joe Keenan gerou uma troca de palavras mais acesa entre capitães. Das reclamações aos empurrões foi um passo. Um episódio lamentável, mas que, felizmente, foi rapidamente sanado.

O segundo tempo regeu-se pelo «bola para a frente». Logo no início, Carlos Martins atirou duas bolas por cima... Muito por cima. A (pouca) qualidade de jogo baixou consideravelmente. Embora a posse de bola tenha passado a ser mais dividida. Os ingleses tentaram ser mais atrevidos e, a espaços, ainda deram algumas dores de cabeça aos portugueses, mas a verdade é que a selecção de Inglaterra não apresentou argumentos para justificar a fama do futebol britânico.

Os ingleses mostraram ser um conjunto organizado, mas faltou-lhes alguma raça. Expuseram o seu futebol objectivo e ainda assustaram na etapa complementar, mas acabaram por ser os portugueses a marcar nos últimos minutos da partida. Aos 81 minutos, Pedro Oliveira inaugurou o marcador com um toque de calcanhar que atraiçoou Frazer Richardson. Quatro minutos depois, Bruno Alves deixou o eixo defensivo para fazer o gosto ao pé e fixar o resultado.

O jogo deu para tudo. Ouvir mais os jogadores que o público. O «speaker» ainda proporcionou alguns momentos de boa disposição. Quer pela sua diligência em colocar o público de pé durante os hinos, festejar o golo que não o foi e «tirar» o guarda-redes Beto de campo, quando o jogador a ser substituído era Carlos Martins. Perto do final até megafone houve. A Brigada Tricolor, claque do Estrela da Amadora, puxou pelas gargantas e tentou animar o encontro, que dentro das quatro linhas bem precisava de animação... 

O treinador nacional, Agostinho Oliveira pode não ter grandes razões para sorrir em termos do colectivo. São notórias algumas lacunas e há sectores a melhorar, nomeadamente o ataque. Mas, por certo, leva boas indicações de alguns jogadores que se afirmam como mais do que meras promessas.

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