«Sempre fui bom a finalizar», garante Paulo Costa

2 set 2000, 18:54

Avançado quer rectificar imagem injusta O autor dos dois primeiros golos portugueses não concorda com os que lhe apontam dificuldades na finalização: «Fazer golos é a minha principal qualidade», afirma». Pelo meio, admite que a equipa entrou mal, ressalva que nunca lhe passou pela cabeça outro desfecho que não a vitória, e destaca a beleza do segundo tento, que Alhandra lhe havia «prometido» antes do jogo.

Paulo Costa, autor de dois golos, foi uma das grandes figuras da selecção portuguesa. No entanto, o avançado da Reggina, a exemplo de toda a equipa, admite ter conhecido uma falsa partida: «Não entrei bem no jogo e até perdi uma bola a meio-campo que foi dar golo da Estónia. Depois disso, todos nós trabalhámos muito para ir atrás da vitória», começou por referir. 

Justa ou injustamente, o jogador tinha, pelo menos até ontem, alguma fama de azarado na finalização. Uma ideia que Paulo Costa rejeita liminarmente, não apenas pelo sucedido no estádio Kadriorg: «Sempre fui forte a finalizar. Um lance como aquele da época passada, em Alvalade, acontece uma vez em vinte ou trinta. Acho que não precisava, mas provei hoje que sei fazer golos. Aliás, essa é a minha principal qualidade», afirmou. 

Tendo materializado a reviravolta com os dois primeiros golos portugueses, Paulo Costa hesita quando solicitado a escolher o mais espectacular: «Foram os dois bonitos, mas o segundo é mais vistoso, com a entrada do Miguel e o passe atrasado para mim. Fui abraçar o Alhandra, porque hoje, no hotel, ele disse-me que eu ia fazer dois golos. Pelos vistos acertou...». 

O ânimo da equipa ao intervalo não era dos melhores, como o jogador reconhece: «Fomos para as cabinas a pensar que tínhamos adormecido. Precisávamos de ouvir o mister dizer o que nos disse: tínhamos de ser mais rápidos a executar, porque até estávamos a fazer bem as coisas, mas devagar», comentou. 

No entanto, mesmo com as dificuldades sentidas na primeira parte, Paulo Costa nunca teve dúvidas acerca do desfecho: «Nunca me passou pela cabeça a possibilidade de não ganharmos. Nem antes nem durante o jogo. Com todo o respeito pela Estónia, a nossa equipa está habituada a querer ganhar todos os jogos em que entra», concluiu.

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