Estónia-Portugal, 1-3 (destaques)

3 set 2000, 19:03

Maestro Rui Costa de batuta em punho O «patrão» Rui Costa não teve problemas em assumir responsabilidades e coordenou de forma soberba quase todo o futebol ofensivo de uma Selecção em que Quim e Rui Jorge mostram ser opções cada vez mais coerentes.

Rui Costa

O «maestro» fez o primeiro jogo oficial da época, mas isso só se notou nos minutinhos finais. Na primeira parte, sobretudo, Rui Costa soube pegar no jogo da equipa e fazer mexer o meio-campo da forma mais aconselhável - sem loucuras, tentando surpreender os estónios. Aos 14 minutos descobriu o caminho da vitória. Minutos antes do jogo tinha estado a ensaiar remates de meia-distância, quando foi preciso lá esteve a rematar «sem espinhas» para o fundo da baliza. Em grande, uma vez mais. 

Quim

Portugal deve-lhe o facto de ter marcado o primeiro golo sem sofrer primeiro. Oper e Zelinski sabem jogar futebol e conseguiram criar oportunidades de remate. Fizeram quase tudo bem, mas Quim estava lá. Com reflexos apuradíssimos, o guardião do Sporting de Braga mostrou que é opção mais que válida para a baliza portuguesa. É verdade que pouco mais teve para fazer, mas também esse pouco foi bem feito. Bela estreia como titular em jogos oficiais. 

Rui Jorge

Bastante mais insistente que o companheiro do lado contrário nas subidas pelo seu flanco, Rui Jorge contribuiu decisivamente para que a esquerda portuguesa tivesse sido sempre mais solicitada. Na sequência natural do que sucede desde o ano passado no Sporting, parece ter conquistado definitivamente o estatuto de primeira opção na Selecção para a posição de lateral-esquerdo. Numa tarde em que Dimas nem se equipou, Rui Jorge correspondeu em pleno e provou, se tal ainda era necessário, ser hoje um jogador no «ponto de rebuçado» da sua carreira. 

Sá Pinto

O terceiro golo português, obtido numa cabeçada oportuna e certeira, salvou a exibição de Ricardo Sá Pinto. O avançado leonino teve mais uma mão cheia de hipóteses de brilhar, mas nunca o conseguiu. Esforçou-se muito, como sempre, mas mostrou muita precipitação na hora de decidir o que era melhor fazer. Assim torna-se muito difícil esquecer o Nuno Gomes que Portugal teve no Euro 2000. 

Rooba

O lateral-esquerdo da Estónia foi alvo dos maiores aplausos da tarde. A razão? Desarmou Figo várias vezes. E por enquanto, para o público estónio, levar a melhor sobre um dos melhores jogadores do Mundo vale ouro. Além dos tais desarmes, foi sempre dos estónios mais inconformados e mais próximos do nível «europeu». E tem só 22 anos. 

Avançados da Estónia

Não constituiu grande surpresa. Os portugueses estavam avisados de que os dianteiros Oper e Zelinski não eram propriamente toscos. Nos primeiros minutos do jogo, contudo, não parecia, tal a estupefacção que se viu na defesa das quinas perante a velocidade e a técnica dos dois. Não são Van Bastens, claro, mas estão uns furos acima da média dos seus companheiros.

Seleção

Mais Seleção

Patrocinados