Ucrânia faz balanço: 57 mortos e 169 feridos no primeiro dia de invasão russa

24 fev 2022, 21:05
Aeroporto militar em Chuguiv, no nordeste da Ucrânia, atacado pela Rússia. Foto: Aris Messinis/AFP via Getty Images

Enquanto na Ucrânia se contabilizam as vítimas, a Rússia diz que o primeiro dia de invasão foi "bem sucedido"

Pelo menos 57 pessoas morreram e 169 ficaram feridas no primeiro dia de invasão russa à Ucrânia. A informação é avançada pelo ministro da saúde ucraniano, Oleh Lyashko, citado pela agência Reuters.

Este é, para já, o resultado da ofensiva em larga escala que a Rússia lançou sobre o território ucraniano esta quinta-feira. Até cerca das 17:00, o exército russo destruiu 83 alvos terrestres na Ucrânia. Os Estados Unidos dizem que o regime de Putin lançou mais de 160 mísseis.

Segundo noticia a agência Interfax, a Rússia adianta que foram alcançados "todos os objetivos para quinta-feira". A defesa russa considera ainda que o primeiro dia de invasão foi "bem-sucedido": "Todas as operações atribuídas aos grupos de tropas das forças armadas da Federação Russa para o dia de hoje foram concluídas com sucesso", anunciou Igor Konashenkov. Contudo, do lado russo não há ainda balanço oficial quanto a vítimas.

Ao longo do dia foram noticiados vários ataques, que resultaram em vítimas: segundo o comité de investigação da Rússia, três pessoas ficaram feridas por projéteis ucranianos na região de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia. Sabe-se também que um avião militar ucraniano despenhou-se esta manhã perto de Kiev com 14 pessoas a bordo. Os serviços de emergência ucranianos referem que a aeronave terá sido abatida, acrescentando que há pelo menos cinco vítimas mortais.

A agência Reuters, que cita as autoridades regionais, revelou que morreram pelo menos 18 pessoas na cidade de Odessa, como resultado de um ataque com míssil. Por sua vez, o autarca de Brovary, localidade próxima de Kiev, também citado pela Reuters, disse que pelo menos seis pessoas foram mortas na cidade.

O ministro da Saúde polaco já afirmou que os hospitais da Polónia estão a preparar camas para eventuais vítimas da invasão na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da União Europeia (UE) e do Conselho de Segurança da ONU.

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