Líder do surpreendente Ituano, que conquistou o estadual paulista, foi campeão do Mundo como jogador, em 2002, e apostou bem no amigo Doriva
Não é o Juninho mais famoso da história recente do futebol brasileiro (também era difícil quando há… Juninho Pernambucano), mas é, sem dúvida, um dos casos mais interessantes dos últimos anos do futebol canarinho.Juninho Paulista
Agora é presidente campeão, gestor para o futebol do surpreendente Ituano
Ídolo no São Paulo
Juninho Paulista começou a carreira no Galo de Itu, em 1993, saltando, no mesmo ano, para o São Paulo.
No Tricolor do Morumbi, viveu três anos gloriosos, sendo nome de topo numa equipa que venceu a Supertaça Libertadores, perante o Flamengo, e até disputou duas partidas para duas competições oficiais… no mesmo dia, tendo atuado 32 minutos (e marcado!) frente ao Sporting Cristal, para a Taça Conmebol, e horas depois ainda jogou 20 minutos frente ao Grêmio, para o Brasileirão.
Os anos na Europa
Médio habilidoso, rápido como uma seta, com a arte e a imprevisibilidade que caracteriza muitos talentos brasileiros, Juninho Paulista foi nome desejado na Europa durante a década de 90.
No Middlesbrough, contratado após um Brasil-Inglaterra em que fez um golo (1995), Juninho fez duas épocas de grande nível, saltando depois para o Atlético de Madrid.
JUNINHO NO MUSEU DO MIDDLESBROUGH:
No Vicente Calderón, Juninho Paulista atuou entre 1997 e 1999, anos complicados para o clube e que redundaram na descida do «Atleti» à segunda divisão espanhola.
Mesmo assim, Juninho exibiu a sua arte na Liga espanhola, como dá para ver neste vídeo, que destaca dois grandes talentos brasileiros do final dos anos 90 em Espanha: Juninho Paulista no At. Madrid e Denilson, no Bétis.
JUNINHO «VS» DENILSON
O regresso a casa
Com a descida dos «colchoneros», Juninho regressou ao Middlesbrough, mas viria a ser emprestado ao Vasco da Gama, em 1999. Foi aí que se cruzou com o seu homónimo, passando a haver a necessidade de se diferenciar: o mais baixo e veloz, Paulista; o mais alto e especialista em livres… Pernambucano.
Seguiu-se o Flamengo e foi no rubro-negro carioca que Juninho mereceu escolha de Felipão para o Mundial-2002.
De novo o Middlesbrough
Embora não fosse titular do Brasil no penta, Juninho foi utilizado nessa caminhada vencedora na Ásia. E voltou à Premier League, sempre no Middlesbrough, desta vez para ser companheiro de equipa de Doriva, que tinha sido estrela no FC Porto.
As lesões impediram-no de continuar a brilhar no futebol britânico (ainda Middlesbrough, depois Celtic da Escócia) e a reta final da sua carreira foi no Brasil: Palmeiras, Flamengo e, para fechar o ciclo, o Ituano, num regresso ao modesto emblema do interior paulista, 17 anos depois de ter dado o salto do Galo de Itu para o Tricolor do Morumbi.
A aposta no amigo Doriva
Mas a ligação ao Ituano viria a prolongar-se de uma forma inesperada. Juninho Paulista é uma espécie de presidente-executivo do clube da quarta divisão, desde dezembro de 2013.
E o arranque não poderia ser mais promissor: surpreendendo tudo e todos, o Ituano, da Série D do Brasileirão, levou a melhor sobre todos os grandes emblemas paulistas.
Na final, decidida a duas mãos no mítico Pacaembu, o Ituano venceu o primeiro jogo por 1-0, perdeu o segundo pelo mesmo resultado, e foi mais feliz nas grandes penalidades (à oitava tentativa, o guarda-redes Vagner travou o remate do santista Neto).
A aposta no amigo Doriva, antigo colega de equipa no Middlesbrough, parece estar a ser certeira.
Com a descida dos «colchoneros», Juninho regressou ao Middlesbrough, mas viria a ser emprestado ao Vasco da Gama, em 1999. Foi aí que se cruzou com o seu homónimo, passando a haver a necessidade de se diferenciar: o mais baixo e veloz, Paulista; o mais alto e especialista em livres… Pernambucano.
Seguiu-se o Flamengo e foi no rubro-negro carioca que Juninho mereceu escolha de Felipão para o Mundial-2002.
De novo o Middlesbrough
Embora não fosse titular do Brasil no penta, Juninho foi utilizado nessa caminhada vencedora na Ásia. E voltou à Premier League, sempre no Middlesbrough, desta vez para ser companheiro de equipa de Doriva, que tinha sido estrela no FC Porto.
As lesões impediram-no de continuar a brilhar no futebol britânico (ainda Middlesbrough, depois Celtic da Escócia) e a reta final da sua carreira foi no Brasil: Palmeiras, Flamengo e, para fechar o ciclo, o Ituano, num regresso ao modesto emblema do interior paulista, 17 anos depois de ter dado o salto do Galo de Itu para o Tricolor do Morumbi.
A aposta no amigo Doriva
Mas a ligação ao Ituano viria a prolongar-se de uma forma inesperada. Juninho Paulista é uma espécie de presidente-executivo do clube da quarta divisão, desde dezembro de 2013.
E o arranque não poderia ser mais promissor: surpreendendo tudo e todos, o Ituano, da Série D do Brasileirão, levou a melhor sobre todos os grandes emblemas paulistas.
Na final, decidida a duas mãos no mítico Pacaembu, o Ituano venceu o primeiro jogo por 1-0, perdeu o segundo pelo mesmo resultado, e foi mais feliz nas grandes penalidades (à oitava tentativa, o guarda-redes Vagner travou o remate do santista Neto).
A aposta no amigo Doriva, antigo colega de equipa no Middlesbrough, parece estar a ser certeira.
Veja o vídeo que motivou os jogadores do Ituano antes da final
Em entrevista concedida recentemente à Maisfutebol Total, Doriva explicava: «Apostámos tudo no estadual paulista e então o meu foco, desde o início, foi viver intensamente esta realidade. O Paulista é disputado em menos de três meses, há que aproveitar todo o tempo para isso…»
Mais administrador que presidente
Na verdade, Juninho Paulista não é o presidente da direção do Ituano. Será mais um… CEO, um presidente-executivo, não fosse o Galo de Itu um clube modesto, com estrutura limitada.
Na verdade, Juninho Paulista não é o presidente da direção do Ituano. Será mais um… CEO, um presidente-executivo, não fosse o Galo de Itu um clube modesto, com estrutura limitada.
«Eu sou um administrador, um gestor. O clube continua tendo a sua diretoria, que tem o Ricardo Jordão como presidente. Eu arrendei o clube, fiz uma parceria com o Ituano para administrar o futebol até 2014, com opção de renovação por mais cinco anos, que já acertámos», conta Juninho à revista brasileira «Isto é Dinheiro».
As noções de gestão aprendeu-as nos anos em Inglaterra, a cultura de futebol brasileiro está-lhe no sangue. Junção perfeita? Só o tempo poderá comprovar. Mas que o arranque foi em grande... lá isso foi.
B.I.
JUNINHO PAULISTA
Oswaldo Giroldo Júnior
Idade: 41 anos
Data de nascimento: 22 de fevereiro de 1973
Naturalidade: São Paulo, Brasil
Altura: 1, 65
Peso: 70 quilos
PERCURSO COMO JOGADOR
Posição: Avançado/médio-ofensivo
Percurso: Ituano (1993), São Paulo (1993, 1994, 1995), Middlesbrough (1995, 1996, 1997), Atlético de Madrid (1997, 1998, 1999), Middlesbrough (1999, 2000), Vasco (2000, 2001), Flamengo (2002), Middlesbrough (2002, 2004), Celtic (2004, 2005), Palmeiras (2005, 2006), Flamengo (2007), Sydney FC (2007, 2008) e Ituano (2010)
Principais títulos: Campeão mundial 2002 pelo Brasil; duas taças intercontinentais (1992, 1993); uma Taça das Confederações (1997); uma Taça dos Libertadores (1993); Brasileirão 2000; uma Taça escocesa; um título estadual carioca
«Mundo Brasil» é uma rubrica que conta histórias das experiências de jogadores e treinadores brasileiros que atuam ou já atuaram em campeonatos espalhados pelo globo
