Covid-19: Chega defende eliminação de certificados digitais no acesso a restaurantes, bares e discotecas

Agência Lusa , BCE
16 fev 2022, 17:58
Reabertura de discotecas no Porto

Ventura referiu que “é hoje relativamente consensual na comunidade científica que a pandemia entrou numa fase endémica”, razão pela qual considera que algumas medidas já não fazem sentido

O presidente do Chega defendeu esta quarta-feira a eliminação do uso de certificados digitais para aceder a espaços como restaurantes, bares ou discotecas, considerando que o governo já tem condições para avançar com o alívio de restrições pandémicas.

“É, na nossa perspetiva, prioritário - porque as condições já não o exigem - que os certificados digitais caiam, ou seja, que deixe de ser necessário o uso de certificados digitais para aceder a alguns espaços comerciais, à restauração e inclusivamente para discotecas e bares - que têm sido muito penalizados”, argumentou o líder do Chega em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Numa reação à reunião do Infarmed, que juntou peritos e responsáveis políticos para avaliar a evolução da situação epidemiológica, André Ventura considerou que “o uso de máscara deixa de fazer sentido globalmente indicado, ou seja, para todas as circunstâncias e deverá ser mantido apenas em circunstâncias específicas”. “A regra deixará de ser sempre máscara nos interiores e deverá passar a ser máscara quando indicado em condições específicas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), eventualmente em espaços muito pequenos, em zonas de especial aglomeração”, acrescentou.

Ventura referiu que “é hoje relativamente consensual na comunidade científica que a pandemia entrou numa nova fase, numa fase endémica”, que o pico de casos já foi ultrapassado e que o país se encontra “numa fase não só de algum desagravamento da agressividade da pandemia como de uma redução significativa de incidência”. “Penso que o Conselho de Ministros que decorrerá amanhã tem todas a condições para poder avançar para um novo conjunto de medidas.”

André Ventura apontou ainda para a questão de uma eventual redução do período de isolamento de pessoas infetadas com covid-19, decisão que será “mais do foco da DGS do que do Governo”, considerando que “a tendência deverá ser para decrescer”. “A tendência – diria eu, que não sou naturalmente especialista em saúde publica – deverá ser para decrescer e, portanto, para que pessoas que estão infetadas mas sem quaisquer sintomas até possam não ter nenhum período de isolamento ou ter um período de isolamento muito curto”, acrescentou. “Parece-nos importante que ganhemos a consciência de que isto não terminou, que por outro lado entrámos numa fase endémica e nesta fase o que é mais relevante não é a exigência de mecanismos de controlo de certificados a toda a hora, é a testagem - que os testes continuem a ser comparticipados pelas entidades públicas e que deixe de haver quaisquer restrições no acesso aos espaços e em horários que praticamente já não existiam.”

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