Num comunicado publicado no Twitter, Sunak afirma que quer "consertar a economia e unir o partido"
O ex-ministro das Finanças britânico Rishi Sunak anunciou este domingo a candidatura à liderança do Partido Conservador.
Num comunicado publicado no Twitter, Sunak afirma que quer "consertar a economia e unir o partido".
"O Reino Unido é um grande país, mas enfrentamos uma crise económica profunda. É por isso que estou a candidatar-me para ser líder do Partido Conservador e o vosso próximo primeiro-Ministro", escreveu.
The United Kingdom is a great country but we face a profound economic crisis.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) October 23, 2022
That’s why I am standing to be Leader of the Conservative Party and your next Prime Minister.
I want to fix our economy, unite our Party and deliver for our country. pic.twitter.com/BppG9CytAK
Sunak relembra os militantes do partido que já foi dono da pasta das Finanças e ajudou "a guiar a economia durante os tempos mais difíceis". "Tenho um registo de cumprimento dos planos e medidas, um plano claro para resolver os principais problemas que enfrentamos e irei cumprir as promessas do manifesto de 2019", diz.
O candidato lembra que os tempos são mais difíceis do que os que enfrentou durante a pandemia, mas considera que as oportunidades são "fenomenais se a escolha for a correta".
"Estou a pedir-vos a oportunidade para ajudar a resolver os nosso problemas. Para liderarmos o nosso partido e o país rumo às próximas eleições gerais, confiantes no nosso histórico, firmes nas nossas convicções e prontos para liderar outra vez", completou Sunak, que se junta a Penny Mordaunt na corrida.
Rishi Sunak foi ministro das Finanças de Boris Johnson, tendo a sua demissão precipitado a queda do governo do antigo presidente da câmara de Londres. Depois, foi a vez de Sunak concorrer à liderança dos Tories contra Liz Truss. Durante a campanha, alertou para as potenciais consequências do choque fiscal que a primeira-ministra demissionária prometeu e acabou por implementar, o que levou à desvalorização da libra e obrigou o Banco de Inglaterra a injetar 60 mil milhões de libras para manter a economia britânica estável. Truss acabou por apresentar a demissão após apenas 45 dias no poder, o mandato mais curto da história do país, precisamente devido às consequências daquilo que definiu como "mini-orçamento".
Com formação académica feita em Oxford e na Universidade de Stanford, Sunak trabalhou no banco Goldman Sachs antes de enveredar pela vida política. Descendente de indianos, chegou à Câmara dos Comuns pela primeira vez em 2015, e foi também um forte apoiante do Brexit durante a campanha para o referendo de 2016.
Como número dois do executivo britânico, Sunak foi o principal responsável por orientar a resposta económica à pandemia de covid-19, período também marcado pelas inúmeras violações das normas anticovid por parte de membros do governo. Sunak não escapou à tendência e, em abril deste ano, foi multado por participar numa festa de aniversário ilegal à luz das normas que o executivo de que fazia parte definiu.
Sunak é também um multimilionário, casado com a filha do fundador da multinacional de tecnologias de informação Infosys, Akshata Murty. A fortuna do casal situa-se nos 730 milhões de libras, colocando-os, de acordo com o Times, no 222.º lugar na lista dos mais ricos do Reino Unido.