Kemi Badenoch surpreendeu ao candidatar-se, mas foi eliminada esta terça-feira
A antiga secretária de Estado britânica da Igualdade Kemi Badenoch, uma quase desconhecida que surpreendeu ao candidatar-se à sucessão de Boris Johnson, foi esta terça-feira eliminada na quinta volta da eleição para a liderança do partido Conservador.
Assim, seguem para a sexta e última volta, a realizar-se na quarta-feira à tarde, o antigo ministro das Finanças Rishi Sunak, a secretária de Estado do Comércio Penny Mordaunt e a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss.
Sunak garantiu praticamente a presença entre os dois finalistas pois obteve 118 votos, contra 92 de Mordaunt e 86 de Truss, pelo que os 59 votos de Badenoch serão determinantes para as outras duas candidatas.
Embora tenha nascido no Reino Unido, cresceu na Nigéria antes de regressar a Londres aos 16 anos para estudar, formando-se em engenharia informática e aderindo ao partido aos 25 anos.
Assumida eurocética, foi eleita em 2017 para o parlamento e trabalhou de forma próxima com Theresa May, mas só foi promovida para o governo por Boris Johnson, tendo exercido funções nos ministérios da Educação, Finanças e Habitação.
Durante a campanha, destacou-se pela convicção com que defendeu as posições à direita do partido, prometendo cortes fiscais e aliviar as metas ambientais.
Foi também contundente nas críticas a Penny Mordaunt pelas posições liberais desta na questão da auto-identificação de pessoas transgénero.
Numa tentativa de tentar atrair alguns dos seus apoiantes, Mordaunt prestou homenagem à rival, que "eletrizou a disputa pela liderança com novas ideias e políticas ousadas”
"Ela e eu sabemos que a tradicional forma de governar não está a funcionar como deveria. Os eleitores querem mudanças e devemos oferecer uma nova visão ousada para este país”, afirmou, através da rede social Twitter.
Porém, Truss é mais vista como a candidata da ala mais à direita dos ’tories’ e nas últimas votações reduziu a distância para Mordaunt, indicando que está a beneficiar do apoio de vários dos candidatos derrotados, como Suella Braverman.
A ronda de quarta-feira pretende reduzir a corrida a apenas dois candidatos, que irão enfrentar uma última votação dos cerca de 180.000 militantes de base do Partido Conservador em todo o país durante agosto.
O vencedor deverá ser anunciado a cinco de setembro, tornando-se automaticamente primeiro-ministro, sem necessidade de uma eleição nacional.