Prémios Diana são atribuídos de dois em dois anos e reconhecem jovens líderes em nome da antiga princesa de Gales
O príncipe William elogiou a mãe, Diana, a falecida Princesa de Gales, num evento em Londres na quinta-feira, dizendo que ela lhe ensinou que todos "têm o potencial de dar algo em troca".
O evento, que assinalou o 25.º aniversário do Prémio Diana, contou também com a presença do príncipe Harry, irmão de William, que falou com os vencedores através de videochamada, tornando-se uma das poucas ocasiões em que ambos os príncipes participaram desde que o duque de Sussex abandonou os deveres reais.
No seu discurso, William disse à audiência que ele e a mulher, Catherine, princesa de Gales, têm procurado concentrar-se no legado de Diana através do seu próprio trabalho.
"Eu sei que ela teria ficado honrada em ver uma instituição de caridade com o seu nome a fazer um trabalho tão inspirador para elevar os jovens de todos os cantos do mundo", afirmou o príncipe de Gales, segundo o Palácio de Kensington.
"Ela ensinou-me que toda a gente tem potencial para dar algo em troca, que todos os necessitados merecem um apoio na vida", afirmou, acrescentando: "Estou muito orgulhoso de ver esta crença da minha mãe a manifestar-se nos jovens fantásticos que recebem o Prémio Herança esta noite".
Durante o evento, o herdeiro do trono britânico também se encontrou com funcionários e apoiantes do prémio, para além de apresentar o Prémio Herança aos vencedores deste ano.
Harry falou em separado com os 20 vencedores do Prémio Herança através de uma transmissão em direto após a cerimónia no Museu da Ciência de Londres.
"Muito obrigado por inspirarem tantos outros e, ao mesmo tempo, protegerem o legado da minha mãe, agradeço-vos muito", afirmou o duque durante a videochamada de 30 minutos.
Para além da distinção, os vencedores do prémio recebem apoio para o desenvolvimento pessoal e profissional, a fim de ampliar o seu trabalho social e permitir-lhes continuar a inspirar outros jovens a fazer o mesmo.
A presença de William surge, entretanto, no meio de uma especulação frenética sobre o estado e o bem-estar da sua mulher, que se intensificou depois do Palácio de Kensington ter divulgado uma fotografia de família em que ela aparece, que mais tarde se revelou ter sido alterada digitalmente.
Kate não é vista em público há meses, na sequência de uma operação abdominal num hospital londrino que, segundo o palácio, estava planeada, mas que obrigou a que a sua agenda fosse desmarcada dos próximos eventos devido a um longo período de recuperação.
O palácio esperava que a fotografia de domingo, divulgada para assinalar o Dia da Mãe, dissipasse a confusão e a preocupação cada vez mais generalizadas em relação à princesa. Mas, em vez disso, causou uma tempestade de polémicas depois das agências fotográficas internacionais a terem retirado, expressando preocupação por ter sido manipulada digitalmente.
Kate assumiu a responsabilidade, pedindo desculpa pelo que disse ter sido uma "experiência" com edição fotográfica. Mas a sua breve declaração não explicou porquê e como tinha editado a imagem e, desde então, não foram publicadas novas fotografias da princesa.
Os Prémios Diana são atribuídos de dois em dois anos e reconhecem jovens líderes em nome da falecida mãe de William e Harry, Diana.
Foram instituídos dois anos após a morte de Diana num acidente de viação em 1997, em Paris. No seu discurso de quinta-feira à noite, William disse que 50.000 pessoas tinham recebido o Prémio Diana nos últimos 25 anos.
Os irmãos fizeram intervenções separadas na cerimónia de quinta-feira à noite. O duque de Sussex apareceu virtualmente uma vez que vive nos Estados Unidos, após sua separação da família real em 2020 ao lado da mulher Meghan, duquesa de Sussex.
Desde então, a relação dos irmãos tornou-se cada vez mais gelada. Harry escreveu no seu livro de memórias "Na Sombra" que William o atacou durante uma discussão e apelidou o irmão mais velho de "difícil", "rude" e "abrasivo".
Os dois apareceram juntos em eventos reais que marcaram a morte da rainha Isabel II e a coroação do rei Carlos III, e ocasionalmente em eventos relacionados com o legado de Diana, mas raramente se cruzaram em público.
Max Foster e Simon Cullen, da CNN, contribuíram para este artigo.
