Marcelo indigita Montenegro como primeiro-ministro

21 mar, 00:18
Luís Montenegro (LUSA)

Marcelo Rebelo de Sousa aguarda que Luís Montenegro apresente "oportunamente" a composição do novo Governo

O Presidente da República indigitou esta quarta-feira Luís Montenegro como primeiro-ministro, que vai apresentar "oportunamente" a composição do novo Governo.

Depois de ouvidos todos os partidos que elegeram deputados nas eleições de 10 de março e apurados os votos da emigração, Marcelo Rebelo de Sousa deu o passo à muito esperado, indicando o líder da Aliança Democrática (AD) para formar Governo.

"Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o secretário-geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como primeiro-ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional", pode ler-se em comunicado oficial divulgado pela presidência, pouco depois de Marcelo Rebelo de Sousa receber Luís Montenegro em Belém.

A AD venceu as eleições legislativas de 10 de março, ficando três deputados à frente do PS, com 80, enquanto os socialistas conseguiram 78 mandatos. Em terceiro lugar fica o Chega, com um número redondo, confirmando a grande ascensão nestas eleições e mais do que quadriplicando o resultado de 2022.

Resta agora saber que papel vai ter a Iniciativa Liberal na próxima legislatura, que manteve os oito deputados, estando aberta a presença dos liberais no Executivo.

O mesmo é válido para o CDS, que elegeu dois deputados na coligação com o PSD, podendo aspirar a um lugar no Conselho de Ministros para Nuno Melo ou Paulo Núncio, os dois parlamentares eleitos.

Para já é expectável que um Governo da AD consiga passar os dois primeiros passos para a estabilidade: o PS já anunciou que não vai apresentar uma moção de rejeição, tendo também garantido que não votará favoravelmente a qualquer proposta semelhante que surja de outra bancada.

À saída da reunião com o Presidente da República, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, também confirmou a disponibilidade para deixar passar um orçamento retiticativo apresentado pela AD, desde que o mesmo englobe garantias para classes como os professores, os polícias ou os oficiais de Justiça.

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