«Chegaremos do Estádio do Dragão à Academia em 15 minutos»

23 abr, 15:21

Câmara da Maia projeta acessibilidades para encurtar o percurso. Pinto da Costa destaca que a obra é «uma cereja no topo do bolo»

Durante a visita da comunicação social aos terrenos onde vai nascer a futura academia do FC Porto, o administrador financeiro da SAD dos dragões, Fernando Gomes, revelou que a Câmara Municipal da Maia projetou acessibilidades para encurtar o percurso entre a nova estrutura e o Estádio do Dragão.

«Em simultâneo com a construção em curso deste empreendimento, a autarquia tem um novo plano de acessibilidades, cujo concurso vai ser aberto, de maneira que esteja tudo pronto quando as obras da academia terminarem. O trajeto para aqui chegar não é fácil», disse o dirigente, que já anunciou a saída do clube.

Nos terrenos, localizados nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e de São Pedro Fins, rodeados pelas autoestradas A3 e A41, já trabalham algumas retroescavadoras na sua desmatação, em sintonia com a empresa ABB.

«Chegaremos aqui a partir do Estádio do Dragão em 15 minutos, sempre através de vias principais. As acessibilidades são muito importantes, porque se esperam 2.000 pessoas nos dias de jogos e entre 600 e 700 em dias de movimento normal. O arquiteto Manuel Salgado foi a escolha do FC Porto para desenvolver e implantar o projeto da academia, mas também foi contratado diretamente pela Câmara da Maia para elaborar o plano de ordenamento de uma zona urbanamente quase abandonada», frisou Fernando Gomes.

«O período de construção previsto é de um ano e meio. Já começou e está em contagem decrescente. A Câmara da Maia também prevê que as acessibilidades estejam prontas nesse prazo. Quando o espaço for inaugurado, todos virão pelas novas acessibilidades», afirmou ainda.

Além dos administradores Luís Gonçalves e Vítor Baía, também o presidente Pinto da Costa esteve no local e salientou a importância da obra.

«É a obra mais necessária e aquela que vai dar mais força ao clube e às suas equipas de futebol. Como pode albergar 140 jovens, é mais fácil de captar quem não é do FC Porto, porque ficará magnificamente instalado. Isto não é uma obra para mim nem para a minha direção, que está a terminar este mandato com uma cereja no topo do bolo. É importante para o futuro do FC Porto e para os atletas que querem jogar cá, mas que, muitas vezes, iam para outros clubes por falta de instalações. Não é uma utopia, mas é um sonho e eu costumo acordar com os meus sonhos realizados», frisou.

Além da Casa do Dragão e de uma zona técnica desportiva, o projeto da nova academia aglomera um mini-estádio para acolher jogos da II Liga e dos escalões de formação, com 2.000 lugares cobertos, mais nove campos relvados de dimensões oficiais e um para o futebol de sete.

O FC Porto selou a aquisição por 3,36 milhões de euros de 14 dos quase 23 hectares de terreno, que está englobado no projeto do Parque Metropolitano da Maia, sendo que 9,3 são da ABB, junto da qual foi adjudicado um movimento de terraplanagem por 6,89 milhões.

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