Polícias lembram que as baixas se deveram a "motivos de saúde" e estão atestadas por médicos

CNN Portugal , MJC
4 fev, 00:00
Manifestação de polícias (Estela Silva/Lusa)

Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR reage às declarações do Governo

"Após manifestações com milhares de polícias e vigílias diárias em vários pontos do país, dentro de um elevadíssimo padrão ético, o silêncio imperou, mas, quando não se realizou um jogo de futebol por motivos de saúde, o Governo pronunciou-se. Acusar os polícias de “insubordinação gravíssima” parece-nos uma afirmação pouco refletida ao abrigo da Lei, envolvendo também o rigor médico" - é com estas palavras que a Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR responde ao facto de o Governo ter decidido abrir um inquérito urgente ao problemas no policiamento do jogo Famalicão-Sporting, bem como às declarações do presidente do Sindicato Nacional da Polícia.

Além disso, a plataforma estranha que o primeiro-ministro António Costa não renha recebido o e-mail com o ofício que terá sido enviado na sexta-feira à noite e no qual afirmavam que "os nossos polícias chegaram ao limite", relembrando as suas exigências.

Reagindo às declarações da Liga Portugal, a Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR afirma que as ausências dos polícias no jogo Famalicão-Sporting "estão ou serão devidamente atestadas por profissionais de saúde, não devendo um organismo de futebol pronunciar-se relativamente a questões de saúde".

"Relativamente aos incidentes ocorridos no exterior do estádio, a Plataforma, constituída por especialistas de segurança, informa que a presença de polícias, infelizmente não garante a inexistência destas situações, lamentavelmente própria deste tipo de espectáculos, independente da maior ou menor presença policial", lê-se no comunicado. 

"À Liga Portuguesa exige-se um comportamento prudente, que respeite o quadro legal, evitando discursos inflamados, capazes de colocar em causa os profissionais de Saúde e os próprios Polícias. Deve a Liga Portuguesa estar ciente que o futebol não está acima da legalidade ou de outros constrangimentos. A Liga e outras entidades com responsabilidade devem abster-se de fazer comentários que demonstram um total desconhecimento sobre a dimensão do problema", conclui o comunicado.

O ministro da Administração Interna convocou o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública e o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana para uma reunião com o ministro a ocorrer este domingo, às 9:00 no Ministério da Administração Interna. A CNN Portugal sabe que os polícias se estão a mobilizar para se concentrarem à porta do Ministério.

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