Há mais uma baixa no governo norueguês por plágio. Ministra da Saúde demite-se após tese de mestrado ser anulada

12 abr, 17:48
Ingvild Kjerkol (Cornelius Poppe/NTB via AP)

Caso remonta a janeiro mas só agora foi conhecido o veredito

A ministra da Saúde da Noruega demitiu-se esta sexta-feira após a sua tese de mestrado ter sido anulada devido a plágio.

O caso remonta a janeiro deste ano, quando a imprensa norueguesa noticiou que Ingvild Kjerkol tinha copiado frases de três outras teses de mestrado e de um manual para a sua tese em gestão de liderança na área da saúde.

A ministra não se demitiu e preferiu aguardar pelo veredito da Universidade Nord, em Bodo, onde estudou. Esta quinta-feira foi revelado que o painel encarregado da revisão da tese de Kjerkol concluiu que esta contém passagens de outros documentos, o que levou à sua anulação.

Kjerkol, do Partido Trabalhista, apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro, Jonas Gahr Store, que referiu que seria difícil para a agora ex-ministra continuar no cargo.

"Para continuar como ministra da Saúde, tenho de ser uma pessoa de confiança. Vou demitir-me deste cargo fantástico", assumiu a Kjerkol durante uma conferência de imprensa.

Este não é, contudo, o único caso de plágio no atual executivo norueguês. Também em janeiro, um dia antes de ser revelado o caso de Ingvild Kjerkol, um estudante denunciou que a tese de mestrado em Direito de Sandra Borch, então ministra da Investigação e Educação Superior, continha passagens de outros documentos.

Vários jornais e publicações norueguesas investigaram o caso e descobriram que Borch, que obteve o grau de mestre pela Universidade de Tromso em 2014, tinha copiado frases de pelo menos seis outras teses e, inclusive, de um relatório pedido pelo Ministério do Trabalho e Inclusão Social.

Ao contrário de Kjerkol, Borch, do Partido do Centro, demitiu-se na sequência das revelações.

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