Breivik matou 77 pessoas na Noruega. Pôs um recurso para sair da solitária: justiça recusou

15 fev, 16:43
Anders Behring Breivik Fotos: Reuters

Assassino em série alegava que estavam a ser desrespeitados princípios dos direitos humanos

O assassino em série norueguês Anders Behring Breivik perdeu a ação que moveu contra o Estado, numa tentativa de terminar o seu isolamento na prisão, segundo uma decisão conhecida esta quinta-feira.

Adepto da extrema-direita, matou 77 pessoas num atentado à bomba e tiroteio em 2011, Em janeiro, processou o Estado norueguês, argumentando que a sua prisão viola os direitos humanos,

Breivik foi condenado a uma pena de 21 anos de prisão, o máximo na Noruega para este tipo de crimes. Contudo, a pena pode ser alargada desde que continue a representar um perigo para a sociedade.

O homem tem sido mantido em isolamento desde que matou oito pessoas com recurso a uma bomba colocada num carro em Oslo, tendo ainda atingido a tiro outras 69, a maioria das quais jovens, na ilha de Utoya a 22 de julho de 2011.

Breivik testemunhou que estava arrependido pelo que fez e chorou ao dizer que a sua vida, na solitária, era um pesadelo, fazendo-o pensar em suicídio diariamente.

Um dia depois, um psicólogo que assinou um relatório sobre o risco que representa o assassino em série, garantiu que ele não estava deprimido nem com pensamentos suicidas. Antes pelo contrário, estava “muito bem”.

“Em resumo, o tribunal chegou à conclusão de que não se pode dizer que as condições da sentença sejam, ou tenham sido, desproporcionalmente pesadas", explicou o Tribunal Distrital de Oslo, deixando claro que não houve uma violação dos direitos humanos.

“Está desapontado com o veredito. Tem estado em isolamento há 12 anos. Aligeirar as condições em que se encontra seria fundamental para o seu bem-estar na prisão”, afirmou o advogado de Breivik, Oystein Storrvik.

Um advogado que representa o estado norueguês argumentou que a prisão tem feito um bom trabalho no que respeita a Breivik.

“Mostra que os serviços prisionais fazem um trabalho minucioso, profissionalmente sólido e legalmente correto, quando avaliam as condições a que Breivik está sujeito”, afirmou Andreas Hjetland.

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