Portugal já concedeu mais de 23.400 pedidos de proteção temporária a refugiados da guerra na Ucrânia

28 mar 2022, 17:40
Refugiados na estação de comboios de Przemysl, na Polónia (Lusa/EPA)

O número de refugiados da guerra na Ucrânia supera já os 3,8 milhões, de acordo com Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Administração Interna

Mais de 23.400 pedidos de proteção temporária foram concedidos até hoje por Portugal a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, anunciou, esta segunda-feira, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, em Bruxelas.

"Portugal ultrapassou hoje os 23.400 cidadãos que solicitaram proteção temporária", anunciou Patrícia Gaspar, em conferência de imprensa, no final de um Conselho extraordinário dos Assuntos Internos da União Europeia (UE). A responsável acrescentou que o país está a também a ajudar diretamente os refugiados da guerra com o envio de apoio humanitário, nomeadamente na área da saúde e da proteção civil. 

Questionada pelos jornalistas sobre a capacidade do país para o acolhimento de refugiados, Patrícia Gaspar adiantou que, ao contrário de alguns países, que já apresentaram "números concretos em relação à sua capacidade para acolhimento de refugiados", Portugal ainda não tem esse número fixado.

"Nós não temos ainda um tecto. Até agora, todos os que chegaram estão a ser acolhidos e vamos começar agora também a forçar mais esta questão de definir números em concreto, sendo que o nosso objetivo foi sempre tentar acolher o maior número possível, desde que haja interessados em vir para o nosso país e, felizmente, isso tem acontecido, e tem sido possível acolhê-los com toda a dignidade", acrescentou.

O número de refugiados da guerra na Ucrânia supera já os 3,8 milhões, de acordo com Patrícia Gaspar, que salientou o trabalho que tem vindo a ser feito a nível europeu para combater o tráfico de seres humanos, "com especial atenção para os dois grupos mais vulneráveis, as mulheres e as crianças".  

A secretária de Estado da Administração Interna disse que ainda não há dados concretos sobre o número de vítimas deste crime, mas garantiu que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a par com a GNR, PSP e Observatório para o Tráfico de Seres Humanos estão a fazer um "trabalho exaustivo" no terreno, com "uma série de ações de inspeção aleatória, sobretudo nas entradas via terrestre", bem como "ações de sensibilização de sinais a que [os refugiados] devem estar atentos" para não caírem nas mãos destas redes de tráfico.

 

 

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