Sheffield Wednesday-Benfica, 1-0 (crónica)

20 jul 2016, 22:12
Sheffield Wednesday-Benfica [Foto: Benfica]

E ao primeiro teste a sério…

Em Hillsborough não houve cá amigáveis, particulares, ou coisa que valha. Sheffield Wednesday e Benfica entraram em campo como se de um jogo a sério se tratasse.

Rui Vitória fez cinco alterações comparativamente ao onze escalado para o jogo com o Derby County, dando a titularidade a Luisão, Grimaldo, Salvio, Benítez e Rui Fonte. Uma dupla atacante que até aqui tinha sido lançada apenas no decorrer dos encontros anteriores.

As várias mexidas não se fizeram sentir aparentemente e foram os encarnados a entrar melhor, muito pressionantes, a trocar a bola no meio-campo adversário. O Sheffield entrou algo tímido, fechando-se atrás, tapando bem os espaços. Talvez demasiado respeito.

Benítez quebrou o gelo aos dez minutos, ainda que de forma desastrosa, falhando uma excelente oportunidade de golo em zona frontal, na sequência de uma bola parada.

O susto foi o que o Sheffield precisou para acordar e começou a partir para cima com mais assertividade, pressionando a primeira linha das águias.

Luisão foi novamente titular mas apresentou debilidades que com certeza farão Rui Vitória repensar. Pela frente, o capitão teve um endiabrado Forestieri, claramente o jogador com mais talento nos pés da formação inglesa.

Num curto espaço de tempo o avançado italiano expos algumas fragilidades defensivas do Benfica e depois de fazer brilhar Paulo Lopes conseguiu mesmo fazer o gosto ao pé, finalizando um belo trabalho individual dentro da área com um remate cruzado.

Brannan, à bomba, chegou a ameaçar o segundo, enquanto o Benfica se mostrava incapaz de causar verdadeiro perigo. Cervi parecia quase omnipresente, tantas foram as vezes em que a bola veio ter ao seu pé. Juntamente com Grimaldo tomaram conta do lado esquerdo do terreno.

Mas oportunidades nem vê-las. E lá atrás, Luisão continuava a dá-las ao adversário.

Mérito do Sheffield, que depois do golo organizou-se bem na defesa não abdicando porém de pressionar a primeira linha de jogo do Benfica.

FILME DO JOGO

No segundo tempo Rui Vitória voltou a fazer uma revolução na equipa, fazendo entrar André Almeida, Celis, Salvio, Pizzi, Gonçalo Guedes e Mitroglou, quem sabe em busca do abanão que mexesse com o jogo. Luisão ficou curiosamente, mesmo já amarelado.

À primeira vista a estratégia resultou mas foi sol de pouca dura. O anfitrião entrou com a mesma equipa e com a mesma atitude. Bannan tentou de novo assustar Paulo Lopes e a bola até passou perto.

A entrada de Lisandro López a meio do segundo tempo - e a já expectável saída de Luisão - conferiu maior estabilidade defensiva à equipa, o que permitiu dar mais margem de manobra aos homens da frente.

Apesar do maior pendor ofensivo, as grandes oportunidades surgiram já à entrada do último quarto de hora de jogo, e em dois lances consecutivos. Um cruzamento de Gonçalo Guedes quase obrigou Lees a desviar para a própria baliza e no lance seguinte Lisandro ainda fez os adeptos gritar golo com um cabeceamento que passou muito perto da baliza de Wildsmith.

Até ao final da partida o ataque dos encarnados mostrou alguns bons pormenores de entendimento, mas o Sheffield fechou-se a sete chaves e secou as investidas das águias.

Alerta Zivkovic!

Já perto do final do encontro, Rui Vitória fez entrar o reforço Zivkovic, mas o reforço durou apenas seis minutos em campo. Um lance disputado com Palmer deixou o sérvio queixoso no relvado.

Zivkovic foi assistido, continuou em campo mais alguns minutos em visíveis dificuldades, e acabou mesmo por ter de sair, por troca com Jovic.

O jogo prosseguiu mas as imagens televisivas captaram o momento que o avançado se dirigia para o balneário a coxear, o que pode significar uma lesão com alguma gravidade e que o pode afastar dos próximos compromissos, pelo menos do próximo, já no domingo, com os alemães do Wolfsburgo.

Contrariedade que selou aquela que foi a primeira derrota do Benfica nesta pré-temporada, onde sofreu também o primeiro golo.

O teste diante do Sheffield Wednesday de Carlos Carvalhal foi o primeiro a sério desta fase de preparação e mostrou por um lado movimentos coletivos bem conseguidos, mas por outro algumas fragilidades defensivas e dificuldades em jogar contra adversários mais fechados.

Mas ainda é cedo para fazer juízos.

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