Uma mensagem publicada na rede social X, para assinalar o aniversário do dia em que as tropas aliadas entraram no campo nazi de extermínio de Auschwitz
O Papa Francisco afirmou este sábado que "a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada" porque nega a própria humanidade, durante a celebração Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, noticiou a EFE.
"Que a memória e a condenação do horrível extermínio de milhões de judeus e de outras religiões no século passado nos ajudem a não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada, porque nega a nossa própria humanidade", disse.
A mensagem, publicada na rede social X (antigo Twitter), serviu para assinalar o Dia da Memória, celebrado a 27 de janeiro, dia em que as tropas aliadas entraram no campo nazi de extermínio de Auschwitz.
May our remembrance and condemnation of the horrible extermination of millions of Jews and people of other faiths, during the last century, help us all not forget that hatred and violence can never be justified, because it denies our very humanity. #WeRemember
— Pope Francis (@Pontifex) January 27, 2024
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também quis recordar a data, com o qual "a humanidade tocou o seu abismo" e lembrou que a comunidade judaica está a atravessar "dias particularmente difíceis".
"O ataque feroz do Hamas, em 07 de outubro, desencadeou uma nova onda de ódio contra o povo israelita e reacendeu focos de antissemitismo que nunca tinham sido completamente extintos e que ganharam novo vigor, muitas vezes escondidos por detrás de críticas às decisões do governo israelita", alertou.
Meloni considerou que "o antissemitismo é um flagelo que deve ser erradicado", revelando que isso é "uma prioridade" para o seu governo, que nomeou um Coordenador Nacional para a luta contra o antissemitismo e aprovou uma lei para criar o "Museu da Shoah".
"Roma alberga a comunidade judaica mais antiga da Europa e a Cidade Eterna não podia deixar de acolher uma instituição museológica deste tipo", que será responsável pela transmissão da memória da Shoah e contribuirá decisivamente para que o mal do plano criminoso nazi-fascista e a vergonha das leis raciais de 1938 não sejam esquecidos", enfatizou Meloni.
Este ano assinala-se o 79º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau e comemora-se os seis milhões de mulheres, homens e crianças judeus, bem como todas as outras vítimas, incluindo centenas de milhares de ciganos, assassinados durante o Holocausto.