Incêndio em Ourém já está em fase de resolução

CNN Portugal , ATUALIZADA ÀS 10:29
20 ago 2022, 09:20

Depois de uma noite sem descanso em Ourém, o trabalho dos operacionais está a surtir efeito e a situação no terreno é mais favorável

O incêndio que lavrou no concelho de Ourém, distrito de Santarém, já está em fase de resolução. A informação surge poucas horas depois do comandante distrital de operações da Proteção Civil de Santarém ter afirmado à CNN Portugal que as condições de combate às chamas estavam mais favoráveis. 

Ao início da manhã deste sábado, David Lobato esclareceu que chegaram a estar envolvidos cinco meios aéreos para lidar com os pontos quentes desta ocorrência e garantiu que as “preocupações” com possíveis reativações, devido à subida da temperatura e do vento ao longo do dia, vão levar a “manter o mesmo dispositivo pelo menos hoje o dia todo e possivelmente amanhã”.

“Temos duas pequenas frentes ativas na zona da Aldeia Nova e Castelo. Contamos dentro de uma hora ou duas colocar o incêndio em resolução, a não ser que haja alguma situação de reativação”, afirmou o responsável.

Pelas 08:50, este incêndio mobilizava ainda 722 bombeiros, 225 meios terrestres e três meios aéreos. 

O comandante distrital de operações da Proteção Civil de Ourém referiu ainda que a proximidade deste incêndio obrigou à retirada de 29 pessoas das respetivas habitações e que apenas arderam “armazéns, barracões agrícolas e um aviário”. David Lobato assegurou também que não se registaram feridos, apenas pessoas que foram assistidas. A ligação ferroviária entre Caxarias e Albergaria dos Doze foi interrompida, tendo sido entretanto reaberta.

A destruição do aviário por este fogo provocou um prejuízo de cerca de um milhão de euros, disse à Lusa fonte da empresa situada em Resouro, na freguesia de Urqueira.

Mais de 850 operacionais, oito incêndios ativos

Mais de 850 operacionais combatiam às 09:00 deste sábado oito incêndios ativos em Portugal Continental, sendo o que deflagrou na sexta-feira no concelho de Ourém aquele que mobiliza mais meios, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a informação disponível às 09:00 no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no terreno a combater os fogos ativos estavam 852 operacionais, apoiados por 258 viaturas e quatro meios aéreos.

No distrito do Porto, um incêndio que lavra na freguesia de Canelas, concelho de Penafiel, mobilizava também 89 operacionais, apoiados por 26 veículos.

Entretanto, o fogo que deflagrou na zona da serra da Estrela, em 06 de agosto, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, e atingiu também concelhos do distrito vizinho da Guarda já foi dominado, mas ainda mobilizava 597 operacionais, 199 meios terrestres e três meios aéreos para trabalhos de rescaldo.

O ministro da Administração Interna anunciou, na sexta-feira, que o território continental vai estar em situação de alerta entre 21 e 23 de agosto devido ao risco de incêndios.

José Luís Carneiro explicou também que a determinação da situação de alerta durante este período pressupõe “especiais limitações quanto ao uso do fogo, ao uso de máquinas e ao uso de trabalhos agrícolas, bem como no que diz respeito ao acesso aos espaços florestais”, sublinhando que a utilização do fogo é apontada como causa em 54% das ocorrências, aos quais se juntam outros 10% de causas diversas.

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