Funeral de Artur Albarran realiza-se esta sexta-feira

17 fev 2022, 12:35

Corpo do ex-jornalista e apresentador de televisão estará em câmara ardente a partir das 19:00 desta quinta-feira, na Basília da Estrela, em Lisboa

O funeral do ex-jornalista e apresentador de televisão, Artur Albarran, realiza-se sexta-feira, numa cerimónia fúnebre aberta apenas para a família.

Artur Albarran, que morreu na terça-feira, aos 69 anos de idade, estará em câmara ardente a partir das 19:00 desta quinta-feira, na Basília da Estrela, em Lisboa.

Na sexta-feira, é celebrada uma missa no mesmo local pelas 11:30, divulgou a família através da rede social Facebook.

O homem dos três canais

O percurso no jornalismo, depois de experiências de juventude em Moçambique, onde nasceu, dá-se com a chegada a Portugal, aos 18 anos. Artur Albarran integra o Rádio Clube Português, acompanhado por nomes que hoje são referências no país, como Joaquim Furtado ou Júlio Isidro.

Mas é a década de 1980, após um período no estrangeiro em que colabora com a BBC, que consolida o percurso de Artur Albarran no jornalismo, ao integrar a RTP, na equipa fundadora do programa “Grande Reportagem”, onde investiga o desastre de Camarate que vitimou Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. No início da década de 1990, destaca-se como enviado à Guerra do Golfo e ao conflito na Somália pela televisão pública.

Em 1993, torna-se diretor de O Século Ilustrado. Mas, com as dificuldades na imprensa escrita, viria a ser a criação das televisões privadas a dar-lhe grande destaque junto do público. Nesse mesmo ano, muda-se para a TVI, pouco depois da fundação do canal, como apresentador de informação. Tem, inclusive, um programa com o seu próprio nome.

A Media Capital, dona da TVI, já veio manifestar o seu “profundo pesar”, lembrando que apresentou o “principal jornal da estação, ao lado de Bárbara Guimarães e Sofia Carvalho”. “A TVI recorda-o como um profissional ousado, que construiu uma relação de grande proximidade com o público. Os seus programas, bem como as reportagens que fez como enviado especial à Guerra do Golfo, ficam para a história da televisão portuguesa”, reagiu a empresa também dona da CNN Portugal.

Mas seria um convite da SIC, em 1996, a fazê-lo abandonar o jornalismo e a passar para o lado do entretenimento, com programas célebres na época como “A Cadeira do Poder”, “Acorrentados” ou “Imagens Reais”. Neste último, acaba por celebrizar a frase que todos lhe associam: “a tragédia, o drama, o horror”.

Da carreira mediática há outro momento ainda a destacar: o sorriso no anúncio à Pepsodent, em 1986, com um “cachet” recorde segundo a imprensa da altura: 20 mil contos.

Relacionados

País

Mais País

Mais Lidas

Patrocinados