Macau fecha fronteira a pessoas oriundas de oito países africanos

Agência Lusa , BCE
28 nov 2021, 08:59
Filas a perder de vista após Macau decidir testar toda a população em 72 horas

A medida visa impedir a propagação da nova variante Omicron do SARS-CoV-2, e tem sido replicada noutros países ao longo dos últimos dois dias, devido ao risco de maior infecciosidade desta estirpe

Macau interditou a partir deste domingo a entrada no território a pessoas oriundas de oito países africanos, justificando a decisão com a ameaça da nova variante omicron do SARS-CoV-2.

A proibição incluiu aqueles que tenham estado na África do Sul, Botsuana, Zimbabué, Namíbia, Lesoto, Suazilândia, Moçambique ou Maláui nos últimos 21 dias.

A nova variante foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.

A taxa de vacinação em Macau ronda os 70%. O território registou apenas 77 casos desde o início da pandemia e, à exceção da China, continua a manter fortes restrições fronteiriças e exige quarentenas à entrada que podem durar 35 dias.

Israel também fecha portas a estrangeiros devido à variante omicron

Este domingo, Israel também anunciou que irá voltar a fechar as suas fronteiras a todos os estrangeiros durante duas semanas para conter a propagação da variante omicron, da qual já existe um primeiro caso no país.

O gabinete interministerial que gere o combate ao novo coronavírus realizou uma reunião de emergência na noite de sábado e decidiu fechar os aeroportos aos voos internacionais vindos de todo o mundo e reimpor uma quarentena obrigatória aos israelitas que regressem ao país.

Israel torna-se no primeiro país do mundo a proteger completamente as suas fronteiras desta nova variante e as novas restrições entram em vigor a partir da meia-noite deste domingo.

O Ministério da Saúde confirmou na sexta-feira um primeiro caso de infeção com a nova variante, existindo atualmente pelo menos sete outros casos suspeitos.

Os cidadãos israelitas que regressam do estrangeiro ao país devem ser submetidos a uma quarentena de três dias se forem vacinados e de sete dias se não o forem; em ambos os casos, necessitarão de um teste PCR negativo antes de saírem do isolamento.

Para os estrangeiros que, em circunstâncias excecionais, possam entrar em Israel, terão de ficar em quarentena nos chamados "hotéis covid" controlados pelo Estado e sob rigorosa vigilância.

Israel colocou já 50 países africanos - todos exceto o Magrebe e o Egito - na "lista vermelha" devido ao aparecimento da nova variante, que é muito mais contagiosa e resistente porque tem mais de 30 mutações, proibindo viagens de e para esses lugares.

Israelitas e residentes permanentes que regressam de um dos países da "lista vermelha" devem completar uma semana de quarentena num "hotel covid" e depois outra semana em casa.

O gabinete também decidiu restabelecer a Shin Bet (Agência de Segurança de Israel) como entidade responsável pelo controlo rigoroso do cumprimento das quarentenas através do rastreio de telemóveis para qualquer pessoa que tenha resultados positivos quando regressa de um país da "lista vermelha".

O Governo também decidiu reduzir de 100 para 50 o número de pessoas autorizadas a reunir-se em eventos públicos mediante a apresentação de um 'passaporte verde', que certifica que foram vacinadas ou recuperadas da covid-19, embora prossigam os eventos para o feriado de Hanukkah, um dos mais importantes do calendário judaico.

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