«Portugal reúne, como nunca, todas as condições para vencer»

19 nov 2022, 12:35
Irão de Carlos Queiroz já está no Qatar

Carlos Queiroz aponta a seleção das quinas como um dos favoritos no Mundial

Carlos Queiroz defendeu neste sábado, em declarações aos jornalistas portugueses presentes no Qatar, que a seleção portuguesa de futebol «vive um momento único» e que reúne por isso todas as condições para ter sucesso no Mundial do Qatar.

«Para a seleção o Mundial vem num momento único na história do futebol português. Nunca tantos jogadores em condições e de qualidade extraordinária se juntaram num determinado momento, com soluções para se chegar ao fim. Penso que, desta vez, Portugal reúne essas condições», começou por dizer, apontando ainda Fernando Santos como uma das armas lusas.

«Vencer, todos desejam, e penso que Portugal tem uma forma, tem qualidade, tem profundidade, experiência e maturidade que nunca teve. E tem o Fernando [Santos], que tem sabido equilibrar estes jogadores, estas estrelas. A forma está ali. Não há vencedores antecipados e aquela ponta de sorte que é necessária», lembra.

Relativamente à gestão física de Ronaldo em campo, tendo em conta os 37 anos de idade, Queiroz explicou que tem de existir uma abordagem diferente, tal como com Pepe, de 39.

«São jogadores que deram grandes contributos e soluções às equipas. Quando nós temos o Ronaldo com 37, obviamente que a abordagem da competição e do treino tem de ser diferente. Há que entender de forma diferente, com consideração e bom senso necessário para tirar partido de dois jogadores que foram importantes e continuam a ter um papel importante», argumentou.

Já sobre a seleção que orienta, o Irão, Carlos Queiroz apontou à qualificação para os oitavos de final do Mundial, mesmo que a preparação seja mais curta do que o habitual em fase finais.

O Irão vai disputar o Grupo B, juntamente com Inglaterra, País de Gales e Estados Unidos, mas o técnico, que se prepara para participar no quarto mundial da carreira, mostrou-se ambicioso, apesar já ter «uma dor de cabeça para resolver com Kane e Sterling», avançados da seleção inglesa, primeiro adversário na prova.

«Depois de estarmos lá [oitavos], será uma festa, jogo a jogo e tentar sempre ganhar. É essa a razão pela qual estamos aqui e pelos adeptos iranianos, que são apaixonados pelo futebol».

Nesse sentido, o técnico luso  falou do espírito vivido na seleção, face ao movimento de protesto de massas que se estendeu a todo o país e tem abalado o Irão desde a morte, há dois meses, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos presa por violar um rígido código de vestimenta, que exige que as mulheres usem o véu islâmico em público.

Mais de 300 pessoas foram mortas e quase 15.000 detidas nos protestos no Irão desencadeados pela morte da jovem a 16 de setembro, após ser detida pela polícia de costumes, segundo dados avançados pelo grupo Ativistas dos Direitos Humanos.

«Os jogadores estão completamente focados na preparação da equipa. Estamos a representar a seleção, 90 milhões de pessoas. Estamos numa missão e ninguém nos perdoaria se ao serviço da seleção não estivéssemos completamente focados, mas claro que temos sentimentos. É por isso que estamos aqui, para fazer do Campeonato do Mundo uma festa. Precisamos de alegria», finalizou.

 

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