«Oferecemos a Oliveira três anos de contrato, a bola está nas mãos dele»

22 ago 2022, 17:37
Miguel Oliveira (AP Photo/Florian Schroetter)

Stefan Pierer, um dos responsáveis da KTM, mostra-se, no entanto pouco confiante de que o português aceite a proposta. Hubert Trunkenpolz, CEO da construtora austríaca, espera decisão até ao final desta semana

O futuro de Miguel Oliveira no MotoGP continua a ser uma incógnita. O piloto português da KTM chegou a ser dado como praticamente certo numa das equipas da Ducati, depois na Aprilia e agora fala-se que pode permanecer no «universo» KTM, mais concretamente na GASGAS, uma nova equipa da construtora austríaca.

«Oferecemos-lhe um novo contrato de três anos para que ele tivesse estabilidade e construísse o projeto da GASGAS juntamente com o Pol [Espargaró]. A bola está nas mão dele», disse Stefan Pierer, Conselheiro Executivo da KTM, em declarações à revista Speedweek.

Recorde-se que no final de maio passado Miguel Oliveira revelou ter recusado uma proposta da KTM para regressar à Tech3, equipa que lhe permitiu entrar na principal categoria. «A proposta que a KTM me fez para eu ficar na Tech3 eu não aceitei, porque acredito que mereço muito mais do que isso e mereço estar num lugar mais acima. Comuniquei que, se não estivessem disponíveis o lugar que eu tenho neste momento na equipa oficial, que iria encontrar outra solução, é isso que estamos a fazer», chegou a dizer.

Apesar da nova proposta agora feita, Stefan Pierer não se mostrou muito confiante na possibilidade de Miguel Oliveira se manter ligado à KTM. «Não acredito que corra por nós em 2023, porque ele assinou uma carta de intenções com a Aprilia. Assegurámos-lhe que a Tech3 será uma verdadeira segunda equipa de fábrica com futuro, mas ele não o sabia em maio. Se ele tivesse sabido mais cedo como é que será a estrutura da Tech3 no futuro, talvez pudesse ter ficado», justificou Pierer à mesma publicação.

Também à Seedweek, Hubert Trunkenpolz, CEO da KTM, manteve aberta a janela relativamente à possível permanência de Miguel Oliveira, mas frisou que há um prazo (curto) para uma resposta. «Falámos com o Paulo Oliveira [pai de Miguel] numa conversa muito boa e construtiva que a equipa GASGAS do Hervé Poncharal será a nossa segunda equipa de fábrica. Pode ter havido uma falha de comunicação ou então ele não quis ouvir. Pelo que sei, o Miguel Oliveira ainda não assinou um contrato fixo em nenhum lado. Mesmo que cada um vá para o seu lado, vamos continuar amigos. Agora, pai e filho terão de tomar um decisão nos próximos dias. Teremos uma resposta até ao fim desta semana», apontou.

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