Com onda de gripe e crise nas urgências, dia a seguir ao Natal bateu máximos de mortalidade do ano

28 dez 2023, 19:59

Últimos dias têm registado um valor "acima do esperado" para esta época do ano. Situação nas urgências de Lisboa é mais preocupante

26 de dezembro, o dia a seguir ao Natal, registou o número mais elevado de mortos em Portugal desde o início do ano. 

Os números oficiais do sistema de vigilância da mortalidade da Direção-Geral da Saúde (DGS) contam, até agora, 467 óbitos. 

Além do número mais elevado do ano, a 26 de dezembro, nos últimos três dias o sistema de vigilância confirma que a mortalidade em Portugal registou um valor “acima do esperado” para esta época do ano face ao histórico de anos anteriores. 

O período entre o final de dezembro e o início de janeiro já costuma ser uma altura em que normalmente, por causa do frio e das habituais doenças respiratórias, a mortalidade costuma ser mais elevada que noutros momentos do ano.  

Além de uma onda de gripe A que os médicos dizem ter mais sintomas que o habitual e que demora mais tempo a tratar, as urgências de vários hospitais do país têm apresentado longos tempos de espera, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, com alguns hospitais a ultrapassarem as 10 horas de espera mesmo para casos considerados urgentes (pulseira amarela). 

Em paralelo, as urgências hospitalares enfrentam desde setembro uma recusa de centenas de médicos em fazer mais horas extraordinárias depois de terem atingido, há muito, o limite legal e obrigatório de 150 horas por ano. 

A dúvida, para os próximos dias, passa por saber se a onda de gripe pode continuar a subir, havendo especialistas que defendem que ainda não terá atingido um pico.  

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