Rio2016: crise política no Brasil «não deixa ninguém indiferente»

19 abr 2016, 14:23
José Manuel Constantino (Fotos: COP)

Presidente do Comité Olímpico de Portugal espera que a influência nos Jogos «seja mínima»

O presidente do Comité Olímpico de Portugal admitiu que a atual crise política no Brasil «não deixa ninguém indiferente», mas considera que a mesma não deverá ter grande influência nos Jogos Olímpicos que vão decorrer no Rio de Janeiro este verão.

«A crise [política] não deixa ninguém indiferente, mas o Comité Olímpico Internacional [COI] tem dado indicações de que tudo está a correr dentro do previsto», disse José Manuel Constantino, à margem da conferência «Alto rendimento desportivo, projeto olímpico e paralímpico Rio 2016 e desafios para os próximos ciclos olímpicos», que decorreu em Lisboa.

Constantino reconheceu que a crise - espoletada pelo pedido de destituição da atual presidente, Dilma Rousseff - «causa alguma preocupação», mas espera que a influência nos Jogos, que decorrem de 5 a 21 de agosto, «seja mínima».

A pouco mais de três meses do início da competição, e com 61 atletas já apurados, o presidente do COP mostrou-se convicto de que o objetivo de ultrapassar os 76 atletas que marcaram presença em Londres2012 vai ser conseguido. «Queremos ultrapassar os 76 atletas que tivemos em Londres2012 e o número de modalidades, que foram treze. Face ao número de atletas já apurados, essa expetativa mantêm-se», afirmou.

José Manuel Constantino lamentou a recente suspensão da acreditação do Laboratório Antidopagem de Portugal, lembrando que «há algum tempo que o COP tem alertado para os problemas no laboratório». O presidente do COP considerou que agora «é tempo de deitar mãos ao trabalho para recuperar a credibilidade daquele que já foi um dos melhores laboratórios do mundo».

A Agência Mundial Antidoping (AMA) suspendeu na sexta-feira a acreditação do laboratório de Lisboa, proibindo-o de realizar qualquer análise de urina e sangue.

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