Português entra em ação no seu último torneio da carreira na terça-feira, frente ao francês Arthur Fils
O tenista português João Sousa espera viver um dia especial na estreia na edição 2024 do Estoril Open, torneio que marca a sua despedida de carreira, tendo garantido que, tal como em todo o seu percurso, vai deixar tudo em campo.
«Ainda há bocado estava a falar com o [treinador] Frederico [Marques], que é o último dia de preparação para um torneio, que é sempre especial, mas vai correr bem. Vai ser um dia especial», disse, em declarações aos jornalistas, na projeção do encontro de terça-feira, acrescentando que esta não é uma véspera «igual a todas as outras», dado ser o seu último torneio.
Sobre o jogo com o jovem francês Arthur Fils, quinto cabeça de série e 37.º do ranking ATP, o vimaranense, atualmente no 272.º lugar da hierarquia, garante que vai ser à imagem da sua carreira.
«Venho aqui para vencer jogos, se não o puder fazer tudo bem, mas vou dar tudo em campo como fiz sempre, depois no final fazemos contas», assumiu, frisando ainda estar «muito tranquilo», embora não saiba como se vai sentir no dia do jogo que pode marcar a sua despedida no quadro de singulares. Em pares, vai ainda jogar ao lado do brasileiro João Fonseca.
ESTORIL OPEN: os horários dos jogos (com portugueses) na terça-feira
O melhor tenista português de sempre no ranking mundial e único a conquistar títulos de singulares no circuito ATP completou 35 anos no sábado, mas os vários problemas físicos que enfrentou nos últimos anos precipitaram o final da carreira.
João Sousa tornou-se profissional em 2007 e, ao longo de 17 épocas no circuito mundial de ténis, conquistou quatro títulos ATP: Kuala Lumpur (2013), Valência (2015), Estoril Open (2018) e Pune (2022). Tem ainda vários recordes nacionais, entre eles a melhor classificação de sempre de um luso no ranking ATP (28.º), o maior número de internacionalizações na Taça Davis (32) e também o estatuto de único português a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio2016 e Tóquio2020).
O antigo número um nacional e único tenista luso a conquistar o título de singulares do Estoril Open passou oito anos seguidos no top 100 mundial (até março de 2021), mas viu o seu sólido percurso perturbado por uma grave lesão no pé esquerdo no final de 2019.