Todt: «Meta da Fórmula 1 é começar Mundial em julho»

19 mai 2020, 16:17
Formula 1

Presidente da FIA comenta ainda a dupla Sainz-Leclerc na Ferrari

O mundo e quem gosta de Fórmula 1 têm de esperar. 
 
Estes são tempos em que o coronavírus dita os ‘timings’ da realização ou não de eventos desportivos e a disciplina máxima do desporto automóvel não foge a esta regra.
 
Os governos são obrigados a tomar decisões que visam proteger a saúde dos cidadãos, que condicionam, as respostas de federações e de líderes desportivos, como o presidente da Federação internacional do Automóvel (FIA), Jean Todt, que, nesta altura, não consegue avançar com uma data precisa para o arranque da época que devia ter começado em Melbourne, com o Grande Prémio da Austrália, 12 de março, cancelado devido ao surgimento do surto de covid-19. 
 
O líder máximo da FIA diz que tudo aponta para que o início da temporada aconteça em julho, mas as incógnitas persistem.
 
«Neste momento, a intenção é partir para a Europa nos primeiros dias de julho, mas ainda não há confirmação oficial. Teremos de analisar a evolução da situação, também com base nas decisões dos governos, que com certas medidas podem inevitavelmente influenciar as nossas escolhas. Temos de ser flexíveis, dado o contexto em que vivemos. A nossa vontade é começar a época o mais rápido possível. Como noutros desportos, certamente irão existir condições totalmente novas, de forma a manter a segurança de todos os participantes como prioridade», afirmou Jean Todt em entrevista à Sky Sports.
 
 A Fórmula 1 terá assim de lidar com corridas sem público, e enquanto se aguarda pela definição da data de arranque desta época, o mercado de pilotos de 2021 já mexeu, e bem. A mudança mais vistosa envolveu a entrada do espanhol Carlos Sainz Jr na Ferrari, onde, no final de 2020, irá substituir Sebastian Vettel, depois da Scuderia não ter renovado contrato com o alemão tetracampeão do mundo. 
 
Jean Todt comentou a nova dupla Leclerc-Sainz Jr, as escolhas de Maranello para o próximo ano, e que, de certa maneira faz lembrar a época de 2007, quando não havia campeões mundiais ao volante de um Ferrari, e o atual presidente da FIA estava lá como Diretor Desportivo da equipa italiana.
 
«O que importa na F1 é ter uma ótima equipa. Primeiro, ter um ótimo carro e depois grandes pilotos. Se eles foram campeões mundiais, ainda podem ser se houver um carro; se ainda não o foram, podem tornar-se, mas sempre se houver um carro bom. O mais importante é ter um bom carro e uma equipa vencedora, e tudo o mais vem por acréscimo. (…) A vida é uma aposta constante e eu respeito as decisões dos outros, não é meu trabalho julgá-los, só posso desejar à Ferrari que em 2020 tenha grandes oportunidades, e depois, em 2021, com Leclerc e Sainz, que seja capaz de se focar em dois jovens muito talentosos. Se houver um bom carro, haverá, de certeza ótimos resultados», referiu o francês de 74 anos, presidente da FIA desde 2009.

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